Saúde: Mães incentivam a amamentação

Carolina Carradore
Tubarão

O pequeno Gustavo, aconchegado no colo da mãe, Daniela D’Agostini Marin, 39 anos, chega a tirar um soninho enquanto mama. Próximo a completar dois meses, Gustavo é alimentado somente com leite materno e essa deve ser sua única comida pelo menos até os seis meses de vida. Daniela, médica obstetra no Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Tubarão, participou ontem à tarde da abertura oficial da Semana Mundial do Aleitamento Materno na instituição.

O time de mães que incentivam a amamentação foi reforçado pela técnica em radiologia Franciny Campos Benedet, mãe de primeira viagem de Natália, e pela enfermeira da UTI Neonatal do HNSC, Andrea Clarinda, mãe de Pedro, de três meses. Amamentar faz parte da vida de Andrea há bom tempo. Primeiro foi a vez de Gustavo, seu primogênito. Ele mamou até os cinco anos. O pequeno só largou o peito depois que a mãe engravidou de Pedro.

“Além de ser extremamente saudável à criança, é um alimento que está pronto para qualquer hora”, valoriza Andrea enquanto amamenta Pedro. Com menos de um mês de vida, Natália, filha de Franciny, também não fazia cerimônia e mostrava uma profunda intimidade com a amamentação. “Estou experimentando uma sensação maravilhosa e quero poder amamentá-la por um longo tempo”, deseja.

O mesmo anseio tem a médica Daniela, que dá exemplo a tantas pacientes que atende no HNSC. “Além de estreitar o vínculo afetivo entre mãe e filho, o leite materno reúne todos os nutrientes necessários à criança até o seis meses de vida”, explica.

Hospital Amigo Da Criança

No Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, a amamentação é garantida na primeira hora após o nascimento dos bebês. Na Semana Mundial do Aleitamento Materno, a prática é reforçada. Há nove anos, o HNSC sustenta o título de ‘Hospital Amigo da Criança’ justamente por fomentar a importância do aleitamento materno.

Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, bebês nascidos em hospitais como o HNSC são amamentados por mais tempo e de forma mais adequada. Os resultados da pesquisa feita em 2008 mostram que os índices de bebês que mamaram na primeira hora de vida foi de 71,9% nos hospitais ‘Amigo da Criança’, enquanto entre as crianças nascidas em outras maternidades a taxa foi de 65,6%.