São Ludgero: Falta de segurança em debate no Vale

Wagner da Silva
São Ludgero

Várias foram as manifestações de insatisfação na audiência pública sobre segurança, em São Ludgero, realizada quinta-feira. O evento contou com a presença do secretário de estado de segurança pública, Ronaldo Benedet. A sensação de insegurança foi o principal ponto debatido.

A falta de efetivo e aumento no número de ocorrências de grande repercussão, como o recente assalto à família Becker e o incêndio no prédio do legislativo, foram fatos citados pelos representantes de São Ludgero. O empresário Adriano Becker, que sofreu assalto, resumiu os momentos de tensão vividos e solicitou rápida tomada de providências. “A cidade perde. Precisamos efetivar ações que coíbam crimes. Arrecadamos um grande valor ao governo e pouco deve retornar ao município através de algumas ações, parte em segurança”.

O presidente do Conseg, Valério Cardoso, apresentou o número de ocorrências registrados na delegacia. “Em 2007 foram 827 registros. Este ano passam de 400. Esperamos que seja levado em conta para que haja aumento do efetivo”, relatou Cardoso. Para o presidente do CDL, Rodrigo Phillippi, a cidade é ‘castigada’ pelos assaltantes que aproveitam de situações para atuarem. “O comércio sofre com furtos e assaltos. Parte da renda é levada através destes delitos e pouco é feito”, destaca.

O empresário Volnei Weber discorda da afirmação de Benedet de que os números de ocorrências é o que vale. “Há um grande número que não é registrado, devido a pouco recurso humano das polícias. “Já deixei de registrar por isso. Não há material humano. A população não possui segurança. Os policiais fazem o que podem”, reclama.

A alternativa encontrada pela população para garantir segurança é pagar por rondas noturnas, argumentou o empresário Melito Schlickmann. “Ameniza os riscos, mas a situação da segurança em São Ludgero deve ser tratada com carinho. Em outra época, havia menos habitantes e mais policiais. Hoje, isso se inverteu e devemos considerar os dados. É preciso que as pessoas denunciem suspeitos”, orienta.