São Ludgero: Ação é proposta

Bertoldo Weber
São Ludgero

Mais uma ação por suposto crime eleitoral deu entrada esta semana. Desta vez, no cartório eleitoral da comarca de Braço do Norte. A autoria é do candidato a prefeito derrotado em São Ludgero, Donilo Della Giustina (PSDB), e do partido. A acusação é de suposta compra de votos pelo prefeito reeleito Ademir Gesing (PMDB). A ação sustenta que houve crime eleitoral e pede a cassação dos eleitos e ainda a inelegibilidade por três anos.

Segundo o analista judiciário Orlando Carlos Almeida Vairich, a investigação judicial eleitoral movida pelo PSDB e por Donilo, ex-prefeito, contra o prefeito reeleito e o vice Cláudio Becker, foi entregue ao juiz eleitoral Fernando de Castro Faria na terça-feira. “Se aceito o processo, o juiz ouvirá os envolvidos, pedirá um posicionamento do promotor e, após análise geral, dará a decisão final”, explica.
O advogado que deu entrada na ação, Valmir Meurer Izidorio, diz que a intenção é investigar candidatos e outras pessoas que, na sua avaliação e de seus clientes, direta e indiretamente, estiveram envolvidas em situações de crime eleitoral, compra de voto e abuso do poder econômico.

“Apresentamos à Justiça Eleitoral um vasto material, gravações e outros documentos, inclusive fotos de eleitores vendendo votos e pessoas ligadas diretamente na eleição comprando voto. E ainda lideranças de comunidades, empresários e políticos envolvidos nesta situação. O material comprova irregularidades e a compra de votos. Caberá à justiça analisar a situação, julgar e aplicar o que é de direito”, ressalta o advogado.
Segundo ele, as supostas provas materiais têm sido colhidas durante todo o processo eleitoral. “As pessoas ligadas ao PSDB já imaginavam de que poderia ocorrer o abuso do poder econômico e o crime eleitoral. Sabiam que empresários tinham interesse na vitória da coligação que disputou contra Donilo Della Giustina”, destaca.

A posição do acusado
Ademir Gesing (PMDB) demonstrou tranqüilidade ao falar sobre a acusação ontem. Disse que ainda não teve conhecimento da ação e, por este motivo, não tem como se manifestar sobre o assunto.