Angelica Brunatto
Tubarão
Descontentes com a demora para a reconstrução do novo prédio da escola estadual General Osvaldo Pinto da Veiga, em Capivari de Baixo, pais, estudantes e professores querem agora chamar a atenção do governo. Hoje, às 18 horas, eles sairão em passeata pelas ruas do centro da cidade. Com faixas e cartazes, querem chamar a atenção para o fato de estarem “sem escola” há dois anos.
Eles sairão da frente da escola Otto Feuerschuette, onde estão alocados desde que o prédio antigo foi demolido, e seguirão para o ginásio municipal. Pelo menos 100 pessoas devem participar da manifestação pacífica. “Toda a ideia surgiu de uma mãe. Sentimos que estamos abandonados e não temos perspectiva de quando receberemos a nova escola. Queremos que, pelo menos, o estado nos ofereça melhores condições”, detalha a educadora Márica Roberg Cargnin.
Há dois anos, os 307 alunos do ensino fundamental e os 39 funcionários ocupam uma parte da escola municipal Otto Feuerschuette. Há muito tempo as obras de reconstrução estão paradas. A vencedora da licitação teve o contrato rompido pela secretaria de desenvolvimento regional em Tubarão, por não dar conta do trabalho.
Os moradores do entorno do antigo prédio, reclamam que o local virou um ponto de encontro de usuários de drogas. Os estudantes também pedem soluções. Eles pintaram o que sobrou do muro da instituição com frases de impacto, a fim de reivindicar a retomada da obra.
Conforme o secretário regional Haroldo Silva, o Dura (PSDB), o novo edital de licitação será lançado assim que a concorrência à construção de outra escola, a Campos Verdes, em Jaguaruna, terminar. “Acredito que isto deva ocorrer em uma semana”, prevê Dura.
A história e o projeto
Há pouco mais de dois meses, os alunos da escola General Osvaldo Pinto da Veiga, em Capivari de Baixo, pintaram o que sobrou do muro da antiga unidade com frases de impacto. Eles reivindicam a retomada das obras de construção do novo prédio. Desde o começo dos trabalhos, há dois anos, somente as fundações da estrutura foram feitas.
Isto representa apenas 9% da obra. Como o ritmo não agradava dos gestores, a secretaria de desenvolvimento regional em Tubarão não teve outra opção senão rescindir o contrato com a empresa SerForte, de Criciúma, vencedora da licitação. Isto ocorreu em abril do ano passado. Na época, a obra havia sido contratada por R$ 1.332.062,26.
Conforme o novo projeto, a construção do novo prédio está orçada em R$ 3 milhões, e deve ser feita em um espaço de 2.383 mil metros quadrados. A unidade contará com urbanização, pavimentação, bicicletário, muros, drenagem pluvial e jardinagem, além de toda a estrutura de salas de aula e administração.