Projeto de aumento salarial dos professores é votado e desagrada categoria

Capivari de Baixo

A votação de um projeto de lei que reajusta o salário dos professores da rede municipal de Capivari de Baixo teve clima de tensão nesta segunda-feira à noite, na Câmara de Vereadores. O chefe do poder Executivo, Nivaldo Sousa, enviou para casa legislativa um projeto que aumenta o salário dos docentes para R$ 2.884,00 e para os profissionais que recebem acima do piso terão um acréscimo de 10% e mais R$ 100,00 no vale-alimentação, que passará a ser de R$ 400, 00.

Porém, a proposta do prefeito e a votação na câmara não agradou os profissionais de magistério. Segundo eles, o aumento não é real, não há progressão e no último encontro na última sexta-feira (28), que ocorreu entre o poder Executivo, secretários do governo, coordenadoria de RH, Sindicato dos Trabalhadores da Área Educacional do Município de Tubarão (Sintermut), professores e vereadores a proposta apresentada foi uma e nesta segunda-feira outra, inclusive com uma tabela que não deveria ser exibida.

Entre os 18 municípios da Amurel, a cidade termelétrica está entre os três municípios que não cumprem a Lei do Piso Salarial Nacional da Educação. Na votação que ocorreu por volta das 20h30, os vereadores Adam Machado, Edisom Duarte, Cristiano Praxedes, Ismael Martins, Fernando de Oliveira e José Adilson Freitas, foram favoráveis a iniciativa do Executivo, o que revoltou os profissionais em educação.

Por outro lado, os legisladores, Thiago Viana, Herivelton Souza, Phelipe Schmoeller Felippe e Jean Rodrigues, foram contrários ao projeto e pediram que a proposta fosse reformulada e discutida para atender o magistério. Eles propuseram ainda, que o reajuste fosse ao encontro da Lei Nacional e não apenas de 10%. Os professores lembraram que o salário precisa ser reajustado em 50%, já que o governo municipal nunca pagou o que é estabelecido em Lei Federal, no entanto, os profissionais só pediram o que foi reajustado neste ano 12,84%.

Com a decisão desta segunda-feira, os professores devem continuar em estado de greve e uma paralisação em definitivo deve ocorrer nos próximos dias. Em frente à Casa Legislativa, os docentes seguiram protestando contra a medida tomada pela maioria dos vereadores e pelo projeto apresentado pela prefeitura.