Prefeitura analisa contraproposta

A greve dos professores já dura 17 dias. Já existe um calendário de reposição de aulas.
A greve dos professores já dura 17 dias. Já existe um calendário de reposição de aulas.

Karen Novochadlo
Tubarão

Hoje, a secretaria de educação da prefeitura de Tubarão dará o parecer à contraproposta apresentada ontem pelos professores da rede municipal. A greve já dura 17 dias e atinge mais de 60% da categoria.
 

Na proposta elaborada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área da Educação da Rede Municipal de Tubarão (Sintermut), a regência de classe volta a ser instituída. Mas o valor é reduzido de 40% para 20%. De acordo com a diretora de organização do Sintermut, Antonia Rodrigues Garcia da Rosa, o sindicato procurou não fugir muito da proposta apresentada pela prefeitura. Uma outra diferença está no aumento do número de níveis horizontais da tabela salarial. Dos 16, aumentou para 20.

O sindicato também abriu mão da progressão salarial horizontal de 5% para 2% a cada dois anos. A prefeitura ofereceu 2% a cada cinco anos. Os professores também reivindicam que o vale refeição continue em R$ 255,00. A proposta da prefeitura foi entregue na quinta-feira.
Ontem à noite, a equipe da secretaria de educação analisou o impacto que a proposta terá na folha de pagamento dos professores. Uma outra manobra dos servidores foi buscar apoio na câmara de vereadores. Ontem, um grupo foi ao plenário.

Uma nova assembleia com a categoria deve ser realizada hoje. Os professores reivindicam a aplicação do piso nacional (R$ 1.187,00). A prefeitura já sinalizou que pagaria o valor. A negociação acerta os detalhes no plano de carreira. Atualmente, são investidos R$ 17 milhões anuais em folhas de pagamento do magistério. A proposta da prefeitura aumenta em R$ 5,5 milhões esse valor.

Greve é mantida na rede estadual
Em assembleia, os professores estaduais decidiram manter a greve na região de Laguna. Na região de Tubarão, a paralisação também continua. Cerca de 90% dos professores em Santa Catarina estão em greve há um mês. A reivindicação da categoria é a aplicação do piso nacional no plano de carreira.