Prefeitos da Amurel: Chuva é a ‘vilã’ do primeiro mês de mandato

Amanda Menger
Tubarão

O primeiro mês dos quatro anos de mandato dos representantes municipais foi, digamos, ‘molhado’ na Amurel. Não é para menos. Mal os eleitos assumiram os cargos e já tiveram que enfrentar um fim de semana de muita chuva. Para a maioria dos prefeitos entrevistados pelo Notisul, a chuva foi a grande ‘vilã’ do início de governo.

“Recebemos uma ‘herança’ ruim do ex-prefeito (Marcos Tibúrcio – PP), mas a chuva agravou tudo. As pessoas não conseguiam sair das praias e, para uma cidade que depende do turismo, é muito ruim. Não tínhamos máquinas para arrumar os estragos. A situação melhora, alugamos equipamentos e conseguimos outros emprestados”, avalia o prefeito de Jaguaruna, Inimar Felisbino Duarte (PMDB).

O prefeito de Tubarão, Manoel Bertoncini (PSDB), também se queixa das chuvas. “Minha avaliação é positiva, apesar das chuvas. A precipitação foi muito alta, o que causou os alagamentos e muitos problemas no sistema viário. Estamos trabalhando”, afirma Dr. Manoel.

A prefeita de São Martinho, Leonete Back Loffi (DEM), enfrentou problemas com o mau tempo. “Muitas pontes foram carregadas pelos rios. Conseguimos recursos com o governo federal e as obras serão executadas pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra)”, relata. O balanço tem ações positivas. “A banda municipal começou a ser formada e este mês teremos outro encontro. A intenção é estar tudo pronto em novembro na Festa do Produto Colonial”, adianta Leonete.

Em Sangão, Antônio Mauro Eduardo (PP) ainda calcula os prejuízos. “Não sabemos quanto o município precisará para consertar pontes e estradas. Alguma coisa já foi arrumada e outras faremos aos poucos”, garante o prefeito.

Estrutura é problema em outros municípios
Não bastassem os problemas causados pelas chuvas, em alguns municípios a situação foi agravada pela estrutura administrativa encontrada pelos novos prefeitos. “Tentamos recuperar Capivari da hecatombe que passou por aqui. Prédios depredados, computadores quebrados e a frota sucateada. Fazemos auditoria dos valores devidos”, relata o prefeito Luiz Carlos Brunel Alves (PMDB).

Pedras Grandes também faz parte da lista de problemas com a estrutura administrativa. “Perdemos muitas pontes e as estradas no interior estão muito ruins. A frota da prefeitura está comprometida. Além disso, temos uma dívida de R$ 798 mil, R$ 600 mil de um convênio com o Badesc e o restante de processos da justiça trabalhista”, revela o prefeito Antonio Felippe Sobrinho, o Tonho (PMDB). O ex-prefeito, Romário Ghisi (PP) deixou R$ 500 mil em caixa. Destes, R$ 300 mil em convênios com a Caixa Econômica Federal para pavimentação de ruas.

Em Treze de Maio, a situação do prefeito reeleito, Arilton Francisconi Candido, o Xéla (PP), é um pouco diferente. “As chuvas atrapalharam e não calculamos os prejuízos. Mas a crise mundial já é sentida. Tivemos perda de 20% da arrecadação em janeiro. Isso representa R$ 100 mil a menos no caixa. Espero que a economia reaja logo”, diz esperançoso.

Já em Armazém, Jaime Wesing (PSDB) aproveitou para conhecer a estrutura da prefeitura. “Foi um mês de reconhecimento, porque não tivemos transição. Nomeamos os secretários e aproveitaremos uma viajem à Brasília, dia 10, para apresentar projetos em diversas áreas nos ministérios”, conta.

Prefeitos do Vale planejam as atividades
Wagner da Silva
B. do Norte

No Vale do Braço do Norte, o primeiro mês de mandato foi voltado às ações de limpeza, licitações e à manutenção das vias. Em Santa Rosa de Lima, o prefeito reeleito Celso Heidemann (PP) concedeu férias coletivas aos funcionários e apenas os serviços básico foram mantidos. “O momento é de organização e de planejar a gestão. Estamos otimistas, com projetos de aquisição de veículos e recursos a caminho”, destaca.

O mesmo não se pode dizer do prefeito de Grão-Pará, Valdir Dacorégio (PMDB), que atua apenas nas prioridades. Ele assumiu a prefeitura com a folha de pagamento de dezembro atrasada e dívidas com INSS de R$ 352 mil. “É um período de baixa arrecadação. Economizaremos para honrar as dívidas”, assegura Valdir.

Em Rio Fortuna, Silvio Heidemann (PP) assumiu a administração sem problemas financeiros. Mas os serviços de manutenção das estradas estão praticamente parados por problemas no maquinário. Outro problema é que os valores deixados em caixa estão comprometidos com obras que custarão mais do que o depositado.
A finalização em obras de asfaltamento e manutenção nas ruas do município são os trabalhos executados em São Ludgero. O caso da prefeitura de Braço do Norte é mais complicado, já que a justiça determinou uma nova eleição, em 1° de março, devido à suspensão do primeiro pleito. Sem empossar o prefeito, quem assumiu o cargo interinamente foi o presidente da câmara de vereadores, Ronaldo Fornazza (DEM).

O primeiro mês foi de execução de vários projetos, como o asfaltamento da rodovia BRN-424, que liga a cidade à comunidade de Pinheiral e de outras obras de calçamento e asfaltamento de ruas, além de liberação de valores para construção de áreas de lazer e obras de saneamento.