Preço da cebola na região teve alta significativa

Neste ano a produção nacional da cebola  foi prejudicada por problemas climáticos como a estiagem. No Estado, as perspectivas para o consumidor neste primeiro semestre não são animadoras. A situação só deve melhorar na segunda metade do ano, quando iniciar a colheita do Centro-Oeste e do Sudeste do país.

O produtor rural, Vagner Lembeck, da Baschirotto frutas de são Ludgero, explica que o principal fator foi a falta de chuva. Ele afirma que além da cebola outros produtos também tiveram alta no preço. “ Com a falta das chuvas, muitos produtores não têm o sistema de irrigação e não conseguem produzir. Já os que possuem irrigação há aumento no custo de produção. Fora isso há outros detalhes como os insumos agrícolas que temos que comprar e ficou mais caro nos últimos anos”, explica.

Lembeck conta que a produção possui custos altos. “Pagávamos há dez anos por uma saca de adubo de 50 quilos R$ 10 ou R$15, porém, atualmente o valor está entre R$ 80 e R$ 90. A produção ficou muito mais elevada”, pontua.

De acordo com o produtor Sidney Meurer, o que ocorre nesta época é uma entressafra. “Acebola na região não teve uma safra grande e por isso acabou cedo. E a produção em São Paulo que deveria ter iniciado, ainda não começou. Acredito que no próximo mês o preço ficará mais alto, mas em julho o valor ficará baixo”, enfatiza.

Além de vir de outras regiões, os supermercados recebem ainda cebola de outros países, o que faz o preço se manter alto. Em alguns supermercados, o quilo da cebola chegou a R$ 5,00 nesta semana enquanto em outras semanas do mês o mesmo produto custava pouco mais de R$ 3,00. “Se não tivéssemos a cebola Argentina, os supermercados venderiam esse legume muito mais caro. O produto argentino veio para contribuir”, afirma.

Se por um lado, a valorização do dólar desestimula as importações, de outro aumenta os custos dos produtores para a próxima safra. O presidente da Anace estima que, no Sul, onde o plantio começa entre junho e julho, os custos sejam 30% a 40% maiores na comparação com 2019.