Posse de Bolsonaro: conheça brasileiros que viajaram quilômetros para ver cerimônia em Brasília

A aposentada Santina Pereira, de 88 anos, viajou do Recife até Brasília para participar da posse de Jair Bolsonaro (PSL). De cadeira de rodas, no gramado da Esplanada dos Ministérios, ela esperava pela passagem do presidente desde o começo da tarde.

Santina se emociona ao dizer que tem o presidente “como um filho”. É a primeira vez que ela acompanha uma cerimônia de posse presidencial e diz que decidiu realizar o sonho “antes de partir”.

Na Praça dos Três Poderes, Ananias de Souza, de 72 anos, chorou ao ouvir o Hino Nacional. Ele viajou do Rio de Janeiro até Brasília somente para participar do evento.

É a segunda vez que o aposentado participa da posse de um presidente eleito. A primeira ocasião foi na cerimônia que diplomou o ex-presidente Lula, em 2003. Agora, ele veio vestido a carácter, com paletó e uma réplica da faixa presidencial.

Nas mãos, Ananias mostrava cartazes com dizeres sobre justiça e alegria. Ao explicar qual motivação o levou a participar da cerimônia, o aposentado chorou, disse que serviu ao Exército Brasileiro por 32 anos e, por isso, decidiu homenagear o novo presidente, militar da reserva.

Os dois aposentados são alguns dos milhares de brasileiros que percorreram quilômetros para estar na capital neste 1º de janeiro. O gramado próximo ao Congresso Nacional ficou colorido de verde e amarelo.

Para chegar até a Esplanada dos Ministérios e acompanhar a cerimônia, mesmo de longe e com o tempo chuvoso, o público precisou passar por quatro pontos de revista. No segundo deles, em frente à Catedral Metropolitana de Brasília, muitos já comemoravam a autorização de acesso.

Um grupo veio de Pernambuco trazendo uma bandeira dos Estados Unidos. Na Praça dos Três Poderes, eles colocaram o símbolo americano ao lado da bandeira do Brasil para “celebrar a união entre os países”

A bandeira de Israel também apareceu na cerimônia, carregada por um homem que usava um quipá na cabeça e uma bandeira do Brasil “vestida” como um colete, por cima da camisa. Com o Congresso Nacional ao fundo, ele parou para tirar fotos.

Pouco antes das 16h, a Praça dos Três Poderes estava lotada. Algumas pessoas chegaram a subir nas árvores para tentar enxergar o novo presidente.