Polêmica: sem espaço para carga e descarga, motorista estaciona sobre ciclofaixa

Publicado às 16h43min desta quinta-feira (23)

Rafael Andrade

Tubarão

Por um lado, um megaproblema gerado para comerciantes e alguns clientes de lojas e bancos ao longo da avenida Patrício Lima, uma das mais movimentadas da região, pois não há estacionamento em um dos lados da via de três faixas de fluxo para veículos e uma para ciclistas. Por outro, uma série de infrações de trânsito flagradas diariamente ao longo dos quase 2,5 quilômetros do trecho entre a cabeira da Ponte Dilney Chaves Cabral (ao lado da Fragoma – somente referência) até o trevo na BR-101 (ao lado do acesso ao Posto Fera – somente referência).

Um leitor do Notisul enviou uma imagem que deixou muitos ciclistas indignados no fim da manhã desta quinta-feira. O motorista de um caminhão das Lojas Koerich, que veio da matriz, na capital catarinense, ficou cerca de 20 minutos estacionado sobre a ciclofaixa, para descarregar mercadorias. Muita gente precisou acessar a contramão da avenida para continuar o tráfego de bicicleta, o que gerou iminente perigo de atropelamento. Segundo o gerente da Loja Koerich do bairro Humaitá, este é um procedimento comum desde que o fluxo da Patrício Lima foi modificado, e também as sinalizações.

“Não há um espaço exclusivo para carga e descarga. Há estacionamento ao longo da margem direita da avenida, o que dificulta a logística dos comerciantes do lado esquerdo, como o nosso estabelecimento. Aí os entregadores precisariam atravessar com sofás, ares-condicionados, entre outros produtos pesados e fora da faixa de pedestre, já que são poucas. Ainda precisariam contar com a sorte para não serem atropelados, já que muitos motoristas não respeitam o limite de velocidade – cerca de 50km/h. Foi um erro de planejamento”, acusa o gerente da loja citada, Júlio Joaquim.

Segundo o profissional, há um grupo de comerciantes da avenida na rede social WhatsApp, que debatem diariamente os transtornos gerados pela mudança de trafegabilidade. “As quedas nas vendas são evidentes desde que foi mudada para fluxo único”, lamenta Júlio.

Foto: Ademir Junior/Portal Notisul