Pode haver mobilização

Comentário na página no Facebook do secretário de educação da prefeitura de Tubarão, o deixou preocupado. Segundo ele, caso os professores não aceitem a proposta, uma nova rodada de negociação somente poderá ocorrer após o período eleitoral
Comentário na página no Facebook do secretário de educação da prefeitura de Tubarão, o deixou preocupado. Segundo ele, caso os professores não aceitem a proposta, uma nova rodada de negociação somente poderá ocorrer após o período eleitoral

Angelica Brunatto
Tubarão

 
O aumento na gratificação dos diretores, secretários e assessores educacionais que atuam na rede municipal de ensino de Tubarão, não agradou aos professores. Para eles, o aumento deveria ser menor. 
 
Nesta semana, a prefeitura ofereceu reajuste de 23% sobre o piso salarial dos professores, e mais 3% na regência de classe. Para os diretores, secretários e assessores o mesmo percentual de reajuste salarial (23%) foi ofertado. A diferença é que, para eles, foi dado um valor maior na gratificação: passou dos atuais 37,5% para 50%.
 
Conforme a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Educação da Rede Municipal de Tubarão (Sintermut), Laura Oppa, os professores não concordam com esta diferença. “Qual o motivo de ganharem mais do que o professor que está na sala de aula?”, questiona Laura.
 
Segundo o secretário de educação da prefeitura, Felipe Felisbino, esta diferença é justa. Para ele, o aumento foi pequeno. “Está abaixo do valor do mercado, mas estamos no limite da lei de responsabilidade fiscal. Infelizmente não temos como pagar mais”, completa o secretário.
 
Hoje, a prefeitura gasta R$ 22 milhões por ano em folha salarial. Com o reajuste, este valor passará para R$ 25,5 milhões. “O Fundeb nos repassa R$ 7,8 milhões, o resto é completado com recursos próprios”, lembra Felisbino.
 
Na próxima segunda-feira, a proposta da prefeitura aos professores serão debatidas. Os educadores votarão, em assembleia, se aceitam ou não o oferecido pelo município. “Esta diferença salarial não agrada. Pode ser que haja alguma paralisação em forma de protesto”, adianta Laura.
 
Piso será pago
A preocupação do secretário de educação da prefeitura de Tubarão, Felipe Felisbino, em relação a possibilidade de não haver aprovação na proposta de reajuste, veio após um comentário em sua página do Facebook. Segundo ele, Tubarão é uma das poucas cidades do país a oferecer o piso do magistério. “A maioria das prefeituras não consegue pagar. Nos esforçamos para cumprir a lei e não valorizam isso”, pontua Felisbino.