Pintas e sinais podem ser câncer de pele

#Prcegover Foto: na imagem há um homem de jaleco, uma mesa e uma cadeira
#Prcegover Foto: na imagem há um homem de jaleco, uma mesa e uma cadeira

Pretas, vermelhas, marrons e até mescladas. Essas são algumas das colorações que podem aparecer na pele através de um sinal ou de uma pinta. Tonalidades que associadas as formas e dimensões podem sinalizar a presença ou surgimento de um problema de saúde. Para lembrá-los dos cuidados na pele, o Dezembro Laranja, destaca a importância da prevenção ao câncer da pele. Tipo de doença mais incidente no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos ao ano, que se descoberta nas fases iniciais, apresenta mais de 90% de chances de cura.

“Em nosso país, o câncer de pele chega a ser 30% de todos os casos de câncer. A exposição solar é o fator mais importante para desenvolvimento desse tipo de câncer. Perigo que muitos ainda não cuidam, ao se exporem ao sol nos horários de maior radiação ultravioleta, que compreendi o período das 10 da manhã às 3 da tarde. Exposição que consequentemente contribui com as maiores chances de desenvolver câncer de pele”, alerta o dermatologista do Complexo Médico Provida, em Tubarão, Dr. Luis Gustavo Sponchiado de Ávila (CRM:9.463 / RQE:5.078).

O câncer de pele ocorre devido ao crescimento anormal das células que compõem a pele. Conforme o médico, essa multiplicação desenfreada faz com que esse bloco de células destrua a pele normal ao seu redor. Além do crescimento no local, as células podem se espalhar para outros pontos do corpo, causando novos tumores, que ocorrem mais frequência nos pulmões, cérebro, fígado e até nos ossos.

Durante a consulta, o dermatologista examinará toda a pele do cliente. Caso encontre alguma lesão suspeita, essa será investigada através de lupas ou um dermatoscópio. Se a mesma presentar características de câncer, será realizada uma biópsia.

“A grande maioria das biópsias são procedimentos simples com anestesia local, no qual é removido um pequeno fragmento da lesão. Geralmente, o paciente volta ao trabalho no dia seguinte e em alguns dias é possível saber o resultado”, explica Dr. Luis Gustavo.

Atenção as manifestações na pele

“Quando as pessoas notam pintas e sinais mudando na pele, devem procurar, o mais breve possível, um dermatologista. Existem vários tipos de câncer de pele, sendo três, os tipos mais comuns, que são: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e o terceiro, sendo o mais agressivo, é o melanoma. Tipos de tumores que se descobertos nas fases iniciais, tem grandes chances de cura”, indica.

Tipos:

Carcinoma basocelular: câncer que acomete muito a face. É o mais comum e responsável pela maior parte das deformidades no rosto em função do seu crescimento. Inicialmente inicia como uma bolinha, um sinalzinho cor da pele, que geralmente não dói, não coça, eventualmente pode sangrar e às vezes, róseo, com pequenas veiazinhas internas. Crescimento muito lento.

Carcinoma espinocelular: o segundo mais comum, cujo o crescimento é mais rápido, geralmente evolui em meses. Geralmente se apresenta em uma bolinha vermelha, com uma crosta. A pessoa remove essa casquinha e em seguida ela retorna. Tipo que pode aparecer em vários locais do corpo.

Melanoma: é o terceiro e mais agressivo tipo de câncer de pele. Responsável pela maioria das mortes. Faz metástase e se espalha com muita facilidade. Provem de uma pinta ou sinal. Geralmente surge durante a juventude, na cor marrom o e quando se modifica, escurece até ficar na tonalidade de preto. Evolui com aspecto disforme e cresce lentamente.

Tratamentos

A definição do tratamento é baseada no tipo de câncer, o estágio que este se encontra, a localização na pele, o estado de saúde e as preferências do paciente.
Tratamentos superficiais: São indicados para os cânceres mais simples e em fase muito inicial. Também são usados para tratar lesões que no futuro podem virar câncer.

Tratamentos tópicos: São cremes que aplicados na pele destroem as células malignas.
Crioterapia, eletrocoagulação e curetagem: São métodos que visam a destruição das células malignas por dano térmico ou mecânico.

Terapia Fotodinâmica: Consiste na aplicação de um creme e depois na ativação do mesmo por luz.

Radioterapia: Destinada a casos em que não se pode fazer cirurgia, margens cirúrgicas comprometidas na primeira cirurgia, sem possibilidade de reoperar, ou casos mais graves em que recidiva é muito provável.

Cirurgias

Cirurgia Convencional: Permite ao paciente voltar para casa no mesmo dia. O câncer é removido com uma margem de segurança (faixa de pele normal além das bordas visíveis do câncer) determinada conforme o tamanho e o tipo da lesão.

Cirurgia Micrográfica de Mohs: Tratamento com a maior taxa de cura para determinados cânceres de pele. A técnica de Mohs remove progressivamente o tecido canceroso, preservando ao máximo possível o tecido saudável. Tem mais chances de remover todas células cancerosas, levando à menores índices de recidiva e melhores resultados estéticos.

Linfonodo Sentinela: Muito utilizado para Melanomas. Consiste na injeção de um líquido marcador no local do câncer para identificar o primeiro linfonodo que recebe a drenagem linfática da região. A forma de tratar o paciente muda conforme a positividade ou não deste linfonodo para células malignas.

Cirurgia de Metástases: Remoção dos focos do câncer que tenham espalhado para outros órgãos como pulmão, fígado e o cérebro. Felizmente a grande maioria dos pacientes identificados no início, não terá metástases.

Prevenção do câncer de pele

Cuidados com o sol: Uso de protetor solar e evitar exposição solar das 10 às 16 horas.

Filtro solar: Fator de proteção (FPS 60, 70) não são muito mais potentes do que os filtros com FPS 30, porém, tem uma durabilidade maior.

Proteção mecânica: Usar camisa, chapéu, óculos, guarda-sol e etc