Paraná libera aeronave para Lula ir ao velório de neto em SP

Curitiba (PR)

O governo do Paraná informou, na tarde desta sexta-feira (1º), que uma aeronave foi liberada a pedido da superintendência da PF (Polícia Federal) para o deslocamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao velório do neto Arthur Araújo Lula da Silva, que ocorrerá no Estado de São Paulo. A defesa do petista pediu à Justiça a liberação de Lula da prisão para poder acompanhar o velório e o enterro do neto. O ex-presidente está preso em Curitiba desde o dia 7 de abril do ano passado.

O governador Ratinho Jr (PSD) destacou, em nota, que atendeu a um pedido da Polícia Federal. “O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguirá para São Paulo em avião do Governo do Paraná. A aeronave foi liberada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, atendendo pedido da superintendência da Polícia Federal no Paraná”, informou o governo. “O apoio para o deslocamento permitirá que o ex-presidente participe do velório do neto Arthur Araújo Lula da Silva, que morreu nesta sexta-feira em Santo André, vítima de meningite.”

Morte de Arthur

Arthur Araújo Lula da Silva, 7 anos, neto do ex-presidente Lula, morreu às 12h11min desta sexta-feira (1º) no Hospital Bartira, em Santo André (SP). De acordo com boletim médico divulgado pelo hospital, a causa foi um agravamento de um “quadro infeccioso de meningite meningocócica”. O garoto havia dado entrada no hospital às 7h20min desta sexta com “quadro estável”, ainda segundo o hospital.

Arthur visitou Lula duas vezes na prisão. O ex-presidente está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para cumprir pena de 12 anos e 1 mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex de Guarujá.

O neto de Lula morreu um mês depois do irmão do ex-presidente, Genival Inácio da Silva. “Vavá”, como era conhecido, morreu em 29 de janeiro deste ano, aos 79 anos, vítima de um câncer no pulmão. Na ocasião, o ex-presidente pediu autorização à Justiça para ir ao velório de Vavá, em São Bernardo (SP).

Após o pedido ter sido negado pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) Leandro Paulsen, a defesa de Lula recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), e, 20 minutos antes do enterro, o presidente da Corte, Dias Toffoli, autorizou a saída do ex-presidente para se encontrar com familiares em uma base militar de São Bernardo. Lula, no entanto, acabou se recusando a sair da prisão.