Não há nova proposta

Apesar dos caixas eletrônicos estarem funcionando, inclusive nas agências onde não há atendimento, muitos consumidores optaram pelos serviços nas casas lotéricas. Em Tubarão, os estabelecimentos de Tubarão ficaram cheios durante toda esta segunda-feira
Apesar dos caixas eletrônicos estarem funcionando, inclusive nas agências onde não há atendimento, muitos consumidores optaram pelos serviços nas casas lotéricas. Em Tubarão, os estabelecimentos de Tubarão ficaram cheios durante toda esta segunda-feira

 

Zahyra Mattar
Tubarão
 
A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec) encaminhou, na quarta-feira da semana passada, um ofício ao presidente da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Murilo Portugal, onde solicita a reabertura das negociações com os trabalhadores.
 
No entanto, até esta segunda-feira, nenhuma resposta à solicitação havia sido dada. Sem uma nova contraproposta dos bancos, a greve da categoria permanece e afeta com maior importância o consumidor.
 
Nesta segunda-feira, em Tubarão, as casas lotéricas ficaram lotadas desde a manhã. Ainda que a rede privada mantenha atendimento, são as agências públicas – Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal – as mais solicitadas pela maioria.
 
Tanto que a paralisação deste ano é considerada a de maior proporção dos últimos 20 anos. Nesta terça-feira, os trabalhadores associados na base do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Tubarão e Região (SEEBTR) fazem nova assembleia para deliberar sobre o movimento.
 
A esperança é que a Fenaban reabra o canal de negociação e ofereça novos percentuais de reajuste e volte a rever outras questões importantes que integram a pauta de reivindicação. A federação apresentou um índice de reajuste de 8%. O percentual é 0,6% superior ao INPC (7,4%). Por outro lado, os trabalhadores pleiteiam a participação nos lucros e resultados e reajuste de 5% mais o índice do INPC (com isso, chega a um total de 12,8%).
 
Julgamento da greve dos Correios é nesta terça-feira
Em greve há 27 dias, os servidores e a direção dos Correios não chegaram a um acordo sobre o desconto dos dias parados, o percentual de reajuste, o pagamento de abono e o aumento linear para a categoria. Com isso, a decisão da questão fica a cargo do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que marcou para esta terça-feira o julgamento sobre a paralisação. Em Tubarão, a estimativa é de que pelo menos 200 mil objetos estejam represados no centro de distribuição por falta de funcionários para fazer as entregas. Os funcionários recusaram a proposta de reajuste de 6,87%, o abono imediato de R$ 800,00 e o aumento linear de R$ 60,00 a partir de janeiro do próximo ano.