Motoristas não respeitam o silêncio próximo ao hospital

Cartazes pedindo silêncio aos próprios funcionários fazem parte da campanha interna do HNSC, em Tubarão.
Cartazes pedindo silêncio aos próprios funcionários fazem parte da campanha interna do HNSC, em Tubarão.

Cintia Abreu
Tubarão

Em qualquer ambiente de trabalho, o silêncio é importante para o andamento das atividades. Quando se trata da recuperação de doentes, então, é fundamental.
A lei federal 6.938/81 proíbe qualquer tipo de perturbação sonora nas redondezas de hospitais, igrejas e escolas. Porém, nem sempre é o que ocorre em Tubarão, nas proximidades do Nossa Senhora da Conceição.

Um exemplo foi o que ocorreu há alguns dias. Por volta das 9 horas, uma carreata passou perto do hospital e não respeitou a lei do silêncio. Os caminhoneiros reuniram-se no bairro Passagem e seguiram buzinando, até o bairro São Cristóvão. “Em eventos tradicionais, a secretaria autoriza o buzinaço, salientando que se fazem necessários minutos de silêncio próximo ao hospital”, explica o secretário de segurança e trânsito da prefeitura, João Batista de Andrade.

No dia da carreata, um leitor do Notisul entrou em contato com a Polícia Militar. Na oportunidade, foi dito a ele que havia a permissão para o barulho. “Provavelmente, ele não explicou a situação, ou quem buzinava não estava respeitando a carreata. Infelizmente, nem sempre é possível fiscalizar tudo”, observa Andrade.

O secretário de segurança e trânsito ressalta que o uso da buzina em qualquer local deve ser usado moderadamente, em caso contrário, o motorista é autuado. “No caso específico de hospitais, o Código Brasileiro de Trânsito proíbe o uso da buzina em qualquer hipótese”, informa Andrade.

Hospital realiza campanha interna

O Hospital Nossa Senhora da Conceição, além de enfrentar problemas com o barulho na região externa, trabalha para aumentar o silêncio internamente. “Os pacientes queixam-se muito do barulho na avenida e na rua lateral do hospital. Por isso, trabalhamos o assunto internamente”, afirma a diretora de apoio do hospital, Camila Morong Phillippe.

Quem está internado necessita de silêncio. “Muitos ficam horas sem dormir devido ao tratamento, e a falta de silêncio retarda qualquer recuperação”, explica Camila.
Cartazes pedindo silêncio aos próprios funcionários fazem parte da campanha interna. O uso de sapatos que não façam barulho, celulares com toques curtos também auxiliam na manutenção da tranquilidade.

Na UTI neonatal, os funcionários são orientados a realizar o trabalho todos no mesmo horário. “Em dois períodos do dia, temos o momento ‘A hora do soninho’, onde não há ninguém fazendo barulho que incomodem os bebês internados”, conta a diretora de apoio.