Mês acende discussão contra o câncer de intestino

Braço do Norte

O mês de setembro, além de conscientizar sobre o suicídio, é também oportunidade de debater sobre o câncer colorretal, ou câncer de intestino. Setembro Verde, como é chamada a campanha, traz à tona um dado alarmante: em 2018, estima-se que sejam confirmados mais de 36 mil novos casos da enfermidade.

O câncer de intestino é tratável e, na maioria dos casos, curável. Para isso, deve, no entanto, ser detectado precocemente, como todos os outros. “É muito importante falarmos sobre o câncer de intestino, pois ele pode ser uma doença silenciosa em muitos casos e só ser detectado por meio de exames. A colonoscopia detecta lesões que podem gerar o câncer em questão”, explica o cirurgião do Aparelho Digestivo do Hospital Santa Teresinha, Rogério Ricardo Alves Paz.

Em 2013, mais de 15 mil pessoas perderam a vida em consequência do câncer de intestino. Além do exame de colonoscopia, uma dieta rica em fibras, composta de alimentos como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, grãos e sementes, além da prática de atividade física regular, previne o câncer colorretal. “Este exame é recomendado a adultos acima de 50 anos sem nenhuma patologia, ou aos que já tiveram doenças inflamatórias intestinais”, explica o especialista.

Deve-se evitar o consumo de bebidas alcoólicas, de carnes processadas e condimentos. Alguns fatores aumentam o risco de desenvolvimento da doença, como idade acima de 50 anos, história familiar de câncer colorretal, registro pessoal da doença (já ter tido câncer de ovário, útero ou mama), além de obesidade e inatividade física.Também são fatores de risco doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC).