Marias preparam-se para ingressar na Cavalaria da Polícia Militar

#PraCegoVer Na foto, há uma viatura da Polícia Militar e, na frente, há três policiais e duas meninas
É claro que a visita cheia de carinho e atenção não passou batida. O policial Greyson e dois colegas registraram o momento e em pouco minutos a imagem viralizou nas redes sociais - Foto: Instagram | Hyasmin Souza | Divulgação

Maria Tereza tem nove anos. Sua irmã, Maria Antônia, tem sete. É verdade que elas ainda são crianças, mas também é verdade que a duplinha já sabe muito bem o que quer para o futuro: integrar o Esquadrão de Polícia Montada da Polícia Militar de Santa Catarina (EPM/PMSC). Orgulhosa, a mãe das garotinhas, Hyasmin Souza, não só apoia o sonho das meninas, como admite: “Tudo é a PM e o cavalo. Não temos policiais na família, mas temos amigos que são da força. Então elas cresceram neste meio, com uma relação super próxima da polícia e dos animais, pois o pai é domador de cavalos. As duas praticamente nasceram no rodeio”, conta, cheia de alegria.

O pai das garotas, Renan Simão, tem um galpão onde treina cavalos em Gravatal, município que a família mora. Então é fácil entender a influência na parte dos animais. Do lado da PM, conta Hyasmin, aos risos, é “culpa do tio Léo”. “O Leonardo é um amigo muito próximo da nossa família e é da Cavalaria da PM. Como temos bastante contato, para elas é como se ele fosse um modelo. Ele que é a nossa influência”, diverte-se. Nesta sexta-feira (25), a Escola Evolução, em São Ludgero, onde as meninas estudam, promoveu o Dia da Profissão. Os alunos foram incentivados a irem vestidos caracterizados com o que sonham em ser quando forem adultos. Nem é preciso dizer qual foi a profissão das Marias, né!?

“O tio Léo saiu de Tubarão e veio até Gravatal trazer os bonés e as algemas para elas irem vestidas de policiais”, conta a mãe. E esta parte ela não sabia, mas Leonardo também pediu para o colega de farda, o policial Greyson, também amigo dos pais das meninas, se ele poderia passar na escola para dar um “oi especial” para as meninas. “Elas não acreditaram quando viram a viatura chegando. É o assunto do fim de semana em casa. Nós sempre frisamos a importância da profissão, do policial. A maioria das crianças têm medo, mas em casa educamos para que elas tenham respeito e saibam que os policiais são os super-heróis da vida real. Tanto eu quanto meu marido ficamos muito lisonjeados e agradecidos. Até porque a visita deles é como se confirmasse o que elas são ensinadas em casa, pois sempre ressaltamos a importância de seguir as leis, de ser uma pessoa do bem e de ter na figura do policial um amigo”, valoriza Hyasmin.

Ao longo dos anos, os Batalhões, Pelotões, Companhias e outros departamentos da Polícia Militar de Santa Catarina abriu mais as suas portas para as comunidades, em especial as crianças e adolescentes. Além do elogiado Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), realizado nas escolas públicas e privadas de Santa Catarina há 24 anos, a Rede de Segurança Escolar e a Rede de Vizinhos, uma estratégia de policiamento pautada na filosofia de polícia comunitária, a PM busca estar mais presente no cotidiano das cidades. Hoje, é bastante comum os policiais aparecerem para cantar os parabéns em festas de aniversários, distribuírem presentes, receberem crianças e adolescentes que têm interesse de conhecer as estruturas espalhadas pelo estado, entre outras ações pontuais. São atitudes que partem dos próprios policiais, sempre com o aval do comando, para que eles tenham na comunidade um suporte de apoio e para que a comunidade tenha nos policiais a certeza de ter uma mão estendida nos momentos mais difíceis.

Texto: Zahyra Mattar | Notisul

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