Livro sobre imigração italiana no Sul de SC é lançado

Um livro que conta a história da imigração italiana no Sul de Santa Catarina segue com lançamentos na região. O primeiro lançamento ocorreu no dia 20 de fevereiro, no Centro de Vivências do Museu ao Ar Livre, em Orleans. O segundo será em 7 de junho, a partir das 19h, no museu Willy Zumblick, em Tubarão, durante a semana cultural italiana.

A obra, intitulado ‘Colônia Azambuja: a imigração italiana no Sul de Santa Catarina’, foi escrita pelo técnico da Epagri Eusébio Pasini Tonetto, graduado em Turismo; Idemar Guizzo, mestre em Museologia e pela pedagoga Lenir Pirola em 2015. Naquele ano foram impressos 500 exemplares.

A professora Fabíola Cechinel, hoje Presidente da Associação Trevissni Nel Mondo, começou uma discussão para traduzir o livro para o idioma italiano. Buscou parcerias, contatos com a Itália e com uma possibilidade, a obra foi traduzida em uma Universidade da região do Veneto, na Itália. A tradução, liberada pela Epagri, foi feita em 2017.

Depois da tradução estar pronta, ficou acertado o envio dos impressos para a Itália. A Epagri como detentora dos direitos autorais estendeu o direito para ser impresso e distribuído pelo Instituto Crespi, que bancou os custos para a impressão de mil exemplares na Gráfica Lelo Ltda, em Orleans.

Uma comitiva que esteve na Itália recentemente, coordenada por Fabiola Cechinel, levou 300 exemplares. Eles foram distribuídos no intuito de serem utilizados em estudos nas escolas do Veneto, na disciplina de Imigração.

Sobre o livro

De acordo com Lenir, em 2015,  Eusébio e ela tiveram a ideia de fazer um registro de como foi a imigração italiana no Sul de Santa Catarina, da qual também são descendentes. “Fomos então à Unibave porque lá está toda a documentação da Colônia Azambuja. Conversamos com Idemar e começamos a pesquisa”, detalha.

Ela explica que o livro conta a história do primeiro grupo de imigrantes que vieram para a Colônia Azambuja, vindos do Norte da Itália. “De lá partiram de trem até a França e embarcaram no navio Rivadavia no Porto de Havre e chegaram no Rio de Janeiro, em 10 de abril de 1877. Dali, em navios menores vieram até Desterro (hoje Florianópolis) no vapor Rio de Janeiro.

A pedagoga pontua que em Desterro, os imigrantes foram baldeados para embarcações menores que pudessem entrar na Barra da Laguna, subindo pelo rio Tubarão até chegar em Porto de Morrinhos, em 16 de abril de 1877 e, finalmente, em 28 de abril estavam em Azambuja.

Lá, encontraram a mata e seus terrenos demarcados. Precisaram construir tudo para iniciar a nova vida. Lamentando terem sido enganados e sem recurso para voltar a solução foi enfrentar e permanecer no Brasil.

“Os imigrantes passaram por muitas dificuldades, porem com sua bravura, muito trabalho, vontade e conhecimento trazidos colonizaram o novo país e nos deram este território desenvolvido que somos hoje”, finaliza Lenir.

 

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