Jaguaruna castra cães e gatos, mas, serviço público não atende demanda

Jaguaruna

Moradores de Jaguaruna, que afirmam adotar cães encontrados na rua reclamam da falta de assistência da prefeitura no cuidado aos animais abandonados. Eles contam que é difícil manterem os pets e que enfrentam dificuldades para castrá-los na rede pública. A situação também é motivo de descontentamento entre os turistas, que observam o excesso de animais nas ruas da cidade.

Segundo uma moradora, há um sistema de ‘cotas’ para castração de animais, no entanto, não é utilizado. “Preenchemos a requisição, aguardamos o agendamento e esperamos e nada ocorre. Estamos há mais de três meses esperando por um procedimento e acredito que vamos ter que aguardar ainda mais. Infelizmente o programa não funciona e fomos orientados por algumas pessoas a procurar este serviço em Tubarão”, lamenta a mulher que não quer se identificar.

Na Cidade das Praias há o Programa Municipal de Proteção e bem-estar de cães e gatos – Probem, que tem por objetivo promover e proteger a saúde de cães e gatos, garantindo o bem-estar desses animais e prevenindo agravos à saúde pública e ao meio ambiente. Mas conforme os munícipes, o programa não atende aqueles que realmente precisam.

O fiscal de vigilância sanitária e um dos responsáveis pelo programa, Eliandro de Freitas Ramos, são repassados mensamente R$ 2 mil reais pela prefeitura para atender a demanda. “Temos um convênio com uma clínica e há uma parceria com uma Organização Não Governamental (Ong). Procuramos atender os animais de rua e também aqueles que necessitam, mas nem sempre o montante é o suficiente. Recentemente foi atendido um animal que teve custos de cerca de R$ 1 mil reais”, expõe o profissional.

Para quem ainda não sabe, a cirurgia que deixa cachorros e gatos inférteis não impede apenas que o animal procrie. Além de prevenir doenças comuns na velhice, o procedimento muda o temperamento do animal, o que pode tirá-lo de algumas situações de risco. A castração aumenta a vida do animal em pelo menos cinco anos.

O procedimento é simples, rápido e seguro. Nos machos, a remoção dos testículos por uma pequena incisão não leva mais do que quinze minutos. Nas fêmeas, a cirurgia que retira útero e ovários demora entre trinta e quarenta minutos. O ideal é realizar a castração no primeiro ano de vida – para as fêmeas, entre dois e quatro meses, quando o organismo ainda não sofreu as mudanças hormonais do primeiro cio.