Implantação da IFC: Prefeitura de Laguna diz não à exploração

Zahyra Mattar
Laguna

O projeto Anitápolis, que compreende a instalação da Indústria de Fosfatados Catarinense (IFC) no município serrano, só não foi implantado na comunidade de São Paulo dos Pinheiros por conta de uma ação judicial movida pela Ong Montanha Viva.
Agora, mais um município engrossa a lista dos contrários ao projeto. O prefeito de Laguna, Célio Antônio (PT), formalizou ontem que subescreverá a ação civil pública contra a mineradora de fosfato.

Até então, as prefeituras de Rancho Queimado, Rio Fortuna, Braço do Norte e São Ludgero, além da Pastoral da Terra, assinavam a ação. Célio afirma que pautou a sua decisão nos possíveis impactos nas lagoas do complexo lagunar. “Há risco de supressão de espécies. É necessário saber se a fosfateira não vai acabar com a pesca artesanal”, justifica o prefeito.

A partir da ação e da análise de toda a documentação que comprova os riscos do empreendimento ao meio ambiente e à saúde pública nas região da serra, do Vale do Braço do Norte e Tubarão, a juíza da vara ambiental da justiça federal, Marjorie Cristina Freiberger Ribeiro da Silva, suspendeu a Licença Ambiental Prévia (LAP), emitida pela Fatma.

Com isso, a IFC foi impedida de dar continuidade à implantação da mina. Desde setembro do ano passado, a IFC, o governo do estado, a prefeitura de Anitápolis e a Fatma travam uma batalha na justiça federal e no Tribunal Regional Federal, em Porto Alegre, para derrubar esta liminar.