Escola Dom Joaquim: Recesso é antecipado

Wagner da Silva
Braço do Norte

Por medida de segurança, a Escola Dom Joaquim foi interditada e as aulas suspensas. Os professores recusaram-se a trabalhar na escola após a constatação de vários problemas estruturais em um bloco.

Para evitar a reposição de aulas, o secretário de desenvolvimento regional em Braço do Norte, Gelson Luiz Padilha, decidiu antecipar o recesso de 15 dias que ocorreria em julho. As aulas devem recomeçar em 5 de julho. Neste período, a intenção é agilizar as obras de correção. Se for necessário, algumas classes serão deslocadas para outros espaços.

Na manhã da última sexta-feira, durante as aulas, alguns professores sentiram vibrações no prédio da escola. Segunda-feira, eles informaram que não trabalhariam. “Sempre há vibrações, em virtude do tráfego pesado da rua e dos alunos, mas estas foram maiores. Os ventiladores começaram a tremer e, logo após, duas salas do piso superior cederam”, conta uma professora. Ao todo, seis salas estão com a estrutura comprometida, quatro da parte superior e outras duas da inferior.

Engenheiros estiveram na escola e confirmaram as alterações estruturais. Em duas salas, a parte central cedeu, colocando em risco duas do piso inferior. Outras duas foram fechadas por medida de segurança, por não haver saídas em caso de queda. Também é possível verificar rachaduras entre os blocos, mas os profissionais justificam ser normal, devido à movimentação da estrutura.

Ministério Público é acionado
Os professores da Escola Dom Joaquim acionaram o Ministério Público a respeito dos problemas estruturais. Um inquérito para avaliar a construção foi solicitado. “Todo o prédio pode ter sido mal construído. Houve negligência na fiscalização da obra e o MP irá investigar”, aponta o secretário de desenvolvimento regional em Braço do Norte, Gelson Luiz Padilha.

Histórico
O colégio Dom Joaquim foi reconstruído em 2002 e entrou em funcionamento no ano seguinte. Dezenove salas de aulas foram distribuídas em dois pisos.

Em março de 2007, um laudo de vistoria na estrutura foi solicitado em virtude das vibrações excessivas. Alguns painéis de lajes apresentaram fissuras e não ofereciam as condições necessárias de conforto e durabilidade. O documento solicita inclusive um acompanhamento permanente, com a possível necessidade de reforço na estrutura.