Endometriose: Doença Silenciosa que também aumenta o Risco de Infarto

Segundo dados da Associação Espanhola de Pacientes de Endometriose (AEE), estamos diante de uma doença tão silenciosa quando incapacitante para muitas das mulheres afetadas.

A endometriose é uma doença que consiste no crescimento benigno do tecido endometrial no exterior do útero, chegando frequentemente até os ovários, pélvis, trompas de Falópio e até atingindo órgãos do abdômen, como os intestinos.

Estamos diante de um problema clínico que, no momento, ainda não tem cura. Geralmente é hereditário e, além disso, segundo um estudo publicado numa revista especializada, poderia ser a causa de muitos infartos sofridos por mulheres muito jovens, com menos de 40 anos.

Endometriose, uma doença silenciosa que afeta muitas mulheres

Pode parecer surpreendente, mas existem meninas com 12 ou 13 anos que foram operadas por endometriose e que começam, assim, uma dura jornada por causa desta doença, que demorou demais a receber a importância que merece. Basta dizer que o primeiro guia para informar e conscientizar a população sobre o problema foi elaborado apenas em 2013.

É importante saber que a endometriose é uma doença muito “peculiar”. Enquanto em muitas mulheres provoca dores intensas, em outras é assintomática.

Sintomas da endometriose

Menstruações muito dolorosas.

É muito comum sofrer com dores muito intensas na lombar, a parte inferior das costas, que irradia até o abdômen. A dor fica mais intensa antes e durante a menstruação.

As mulheres afetadas sentem muita dor durante ou depois da relação sexual.

Quando a paciente vai ao banheiro, pode sofrer bastante na hora de defecar ou até de urinar.

Também é comum que entre 30 a 40% das mulheres afetadas sofram com a infertilidade.

Assinalamos mais uma vez que nem todas as mulheres apresentam esses sintomas de forma tão evidente. Às vezes não se nota nada. A doença é diagnosticada de forma casual durante um check-up ginecológico, devido a uma cesárea ou até apendicite.

Viver com endometriose

Estamos diante de uma doença incurável. Para todas as mulheres que passaram e que convivem com este problema, o mais complexo, sem dúvida, é receber o tratamento mais adequado que permita ter uma boa qualidade de vida.