Economia de Braço do Norte: “Há dificuldades, não crise”

Wagner da Silva
Braço do Norte

A análise feita pela presidenta da Associação Empresarial do Vale do Braço do Norte (Acivale), Valneide Exterkoetter, demonstra grande otimismo em relação à economia da cidade e da região para este ano. “É um momento de dificuldade em todos os setores, mas não de crise. A receita para vencer este período é estudar e aproveitar as oportunidades do mercado e trabalhar muito”, incentiva.

A presidenta considera que o ano passado foi de crescimento no Vale do Braço do Norte. “Apesar do momento de incertezas, muitas empresas estão a todo vapor. Buscam alternativas no mercado e têm metas boas de crescimento para este ano também”, garante.

Valneide acrescenta que o momento econômico mundial serviu para abrir os olhos de muitos empresários, principalmente os que trabalham em função do valor do dólar e com matéria-prima importada. “Muitos enxugaram a empresa, cortaram gastos e mudaram a estratégia. Agora, o momento é diferente, o dólar está em um patamar mais elevado, porém, a ‘casa’ continua enxuta. Isto estabilizou a situação de muitas empresas”, avalia.

Seja como for, a presidenta da Acivale considera que o momento é de cautela e atenção. “As mudanças ocorrem rapidamente. Por isso, a criatividade e o conhecimento do mercado em que se atua são muito importantes neste momento”, acrescenta.

Maior dificuldade da região é a falta de mão-de-obra qualificada
Uma das maiores dificuldades das empresas de Braço do Norte e do Vale é a escassez de mão-de-obra qualificada. O gerenciamento de pessoal também é outro ponto preocupante. “Estamos em uma região privilegiada, onde é fácil conseguir emprego, mas faltam pessoas capacitadas, competentes, com dinâmica e vontade de agir. Faltam trabalhadores que queiram vestir a camisa da empresa”, avalia a presidenta da Associação Empresarial de Braço do Norte (Acivale), Valneide Exterkoetter.

Esta realidade, porém, começa a mudar. O empresário já busca por cursos e cobra da entidade que o representa para que tome a frente. “Ele (o empresário) deve cobrar e exigir mesmo. Afinal, a função da Acivale é esta: auxiliá-los na buscar por melhores condições de trabalho”, afirma Valneide. Um exemplo disto é o curso de análises de custos, o qual deverá ser realizado neste ano.

Outra questão implantada pela associação, e que reforça o benefício da qualificação, foi os cursos para o segmento dos frigoríficos, agropecuário e similares. A presidenta também cita que, no ano passado, foram criados núcleos de setores, com o objetivo de buscar soluções coletivas. “Ainda há certa rejeição, mas os empresários não precisam abrir o jogo sobre a sua administração, e sim somar informações e opiniões para crescerem juntos”, indica.