Tubarão
Seja para comemorar avanços e ideias inovadoras ou para denunciar o descaso e a degradação, cada vez mais empresas, governos, ONGs e cidadãos de vários países mobilizam-se pela defesa do meio ambiente. Hoje, Dia Mundial da Água, a debate precisa ir além da preservação dos mananciais. É necessário estimular o uso consciência do líquido vital à humanidade.
A Tubarão Saneamento, empresa responsável pelos serviços de água e esgotamento sanitário na Cidade Azul, nutre justamente esta preocupação com a conservação dos recursos hídricos. Por conta disso, a concessionária tem adotado uma política de incentivo ao uso racional da água.
“Com iniciativas simples, sem comprometer o conforto e o atendimento às necessidades do cotidiano, cada tubaronense poderia diminuir em até 40 litros por dia o consumo de água. Fechar a torneira enquanto se escova os dentes, por exemplo, pode trazer uma economia de 20 litros”, ensina o administrador do sistema, Edi Fábio da Silva.
Segundo ele, em todos os bairros de Tubarão, cada pessoa consome, em média, 190 litros de água por dia. Com bom senso e sem desperdício, esse número poderia cair facilmente para 150 litros por dia, uma redução de quase 21%. “Com este objetivo, também conscientizamos os colaboradores e reduzimos despesas e custos operacionais”, destaca Fábio.
A qualidade da água na cidade está assegurada e confiavelmente dentro dos patrões rígidos da legislação em vigência no país. A Tubarão Saneamento promove, semanalmente, análise do líquido desde a origem até os pontos de consumo.
Um dos maiores problemas é o esgoto
Desafio dos entes públicos, daqui para frente, está no fomento de obras que assegurem o correto tratamento dos dejetos. Hoje, na Grande Tubarão, apenas duas cidades são destaque neste aspecto: São Ludgero e Orleans. Nas outras, o caminho ainda é longo, mas já começou a ser trilhado
Zahyra Mattar
Tubarão
Nas 21 cidades que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão, apenas 4% dos dejetos passam pelo processo de tratamento. Este número corresponde a estrutura de apenas dois municípios: São Ludgero e Orleans.
No restante, o esgoto é despejado sem tratamento nenhum. Ainda que o caminho para implementar ações que assegurem o saneamento básico, o principal desafio da região, seja longo, alguns municípios já começaram a trilha-lo.
Gravatal, Braço do Norte, Imbituba e Laguna já saíram da estaca zero em relação a coleta de esgoto. Nas outras cidades, caso de Tubarão, por exemplo, o futuro é promissor.
Na Cidade Azul, a concessão do sistema de água para a empresa Tubarão Saneamento, no dia 1º deste mês, assegura que o principal rio da região volte a ter vida.
Em outros locais, como Capivari de Baixo, a expectativa está na busca por fomento no setor de saneamento. A prefeitura aguarda a definição da municipalização da água para trazer investidores no ramo.
Paralelamente, cada cidade tem ainda um problema específico para ser solucionado: esgoto, dejetos de atividades agrícolas e de pecuária, mineração.
Citar e discutir os problemas é o primeiro passo para assegurar uma solução. A questão central, contudo, não é implementar ações, mas sim fazer com que saiam do papel rapidamente.