Dia Nacional da adoção: “eles são nossos únicos filhos, inclusive parecidos demais conosco”, afirma a mãe Greice Ribeiro

A empresária Greice Campos Cargnin Ribeiro sonhava em ser mãe e por alguns anos, ela e o marido, o também empresário Roberto Dias Ribeiro Junior tentaram engravidar. Após alguns exames, o diagnóstico que o casal recebeu é que havia a impossibilidade de serem pais biológicos por causa de um impedimento nas trompas de Greice.

A moradora conta que o sonho de ser mãe não foi interrompido por causa desse impedimento. Ela afirma que ainda na infância tinha vontade de adotar. “Sempre falei para as pessoas que queria filhos, se não viessem pelo meio biológico ele seria gerado no coração. Meu esposo e eu tentamos, por muitos anos, uma série de exames e foi constatado que eu tinha problema nas trompas, não desistimos e fomos encontrar os nossos filhos pela adoção”, explica.

Depois dos resultados dos exames, o casal decidiu que estava próximo a possibilidade de adoção. “Em comum acordo decidimos buscar mais informações no Fórum da nossa cidade. As meninas que trabalham no local sempre foram atenciosas e nos tiraram todas as dúvidas. Levamos a documentação necessária, passamos por todo o processo e entramos na fila”, lembra.

Greice expõe que o casal aguardou quase 5 anos para conhecer e ter os filhos nos braços. Porém , em dezembro de 2019, a empresária e o esposo  receberam uma ligação que mudou as suas vidas. “Meu filho Ravi, hoje com 5 anos e 5 meses e minha filha Catarina com 3 anos e meio, são nossos únicos filhos. Eles são irmãos biológicos, inclusive muito parecidos conosco. As pessoas ficam impressionadas quando conto nossa história, eles são nossas razões de viver”, emociona-se a mãe.

Ela destaca que a adaptação das crianças e dos pais foi tranquila e incrível. A sensação desde o início era que o menino e a menina pertenciam ao casal antes mesmo da chegada das crianças nos corações de Greice e Roberto Junior e também na residência dos empresários. Com tanto amor envolvido, a mãe assegura que a convivência entre eles não seria difícil.

Segundo a moradora da Cidade Azul, a adoção é o meio de gerar um filho ou mais, de um jeito simples e simplesmente por amor. “Ser mãe dessas crianças, que não são geradas dentro no nosso ventre é uma batalha árdua contra a discriminação, uma luta intensa para mostrar/provar, que podemos amar incondicionalmente como se fossem biológicos. Sempre que posso conto a nossa história e recomendo a quem quiser adotar, buscar informações no fórum da sua cidade. Os profissionais são capacitados e darão o necessário para esclarecer e ajudar em todo o processo”, enfatiza.

No Brasil são quase 33 mil pessoas na lista de espera para adotar um filho, no entanto, o número de crianças disponíveis para adoção é um pouco maior do que 3 mil, de acordo com um levantamento feito em tempo real pelo Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). A conta não fecha porque quanto mais velho, mais difícil de encontrar uma família.

As famílias que buscam a adoção já chegam no cadastro com a imagem que querem de seus filhos. Na maioria das vezes, bebês brancos e recém-nascidos. Se por um lado a busca por bebês é alta, outras crianças envelhecem sem perspectiva nos abrigos e orfanatos do país. É preciso quebrar essa ideia. Não existe idade para se amar alguém.

Lutar pelo direito de toda criança e adolescente viver em família, um esforço diário realizado pela equipe da Vara de Proteção à Infância e Juventude do Poder Judiciário da comarca de Tubarão. Mesmo em Pandemia, as ações de adoção se mantiveram.

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