Crise econômica mundial: Reflexos são ainda pequenos na região

Tatiana Dornelles
Tubarão

A crise financeira que se instala no mundo tem preocupado as autoridades dos mais variados países. Diante da atual conjuntura econômica mundial, índices estão em queda e muitos analistas não acreditam na melhoria deste cenário, pelo menos por enquanto.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou ontem uma posição unificada e coerente dos países ricos para acalmar as bolsas de valores mundiais. Segundo ele, há muita contradição nas ‘falas’ dos representantes e a crise, por ora, não provocou coisas mais sérias nos países emergentes, como Brasil, China e Índia.
Na região, alguns setores estão tranquilos no que se refere à crise mundial, apesar de temerem o futuro incerto.

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Tubarão, Walmor Jung Júnior, a princípio apenas os setores de importados estão retraídos e temerosos, uma vez que estão ligados aos preços e às cotações por usarem o dólar. “Quem vende bebidas, eletros e outros produtos importados está de olho na crise mundial. As mercadorias nacionais, por exemplo, já estão estocadas e, com isso, os juros não serão repassados ao cliente”, explica.

Mesmo com todo esse cenário, as vendas no Dia das Crianças tiveram incremento de 6%, uma vez que estes produtos já estavam nas prateleiras e foram comprados antes de a crise estar instalada. “Quanto ao incremento nas vendas de fim do ano, ainda é cedo para analisar. Mas esperamos um acréscimo, mesmo que pequeno. As pessoas devem aproveitar o momento para quitar as dívidas e se programarem para o ano que vem”, ressalta Walmor.

Reneuza Borba, representante da Associação das Donas de Casa e Consumidores de Tubarão (Adocon), explica que a crise mundial interfere na vida econômica de qualquer brasileiro. “O próprio mercado passa a tomar outra atitude, com juros mais altos, oferta mais controlada. Neste período, o consumidor deve evitar o endividamente, estar atendo às mudanças, reduzir gastos com coisas supérfluas”, orienta Reneuza.

Além disso, ela ainda ressalta que é o momento de pensar no que fazer com o 13º salário. “Aproveitar o extra para pagar as contas ou reservá-lo é uma dica. As pessoas devem evitar empréstimos compulsórios e saber como viver com as modalidades financeiras, como cartão de crédito, cheque especial”.