Cenário político: Gelson e César negam saída do DEM

Amanda Menger
Tubarão

A eleição da Cergal e a saída de César Damiani (DEM) da secretaria de desenvolvimento regional em Tubarão ainda respingam no cenário político da cidade, em especial no Democratas. Alguns integrantes do partido não escondem o descontentamento e aproveitando o mal-estar na sigla. Outras agremiações mobilizam-se para ‘angariar’ novos filiados. “Recebi o convite do PP e do PMDB. Mas estou insatisfeito com o Democratas, principalmente com algumas decisões que foram tomadas nas últimas semanas”, revela o vice-presidente da Cergal e suplente de vereador Gelson Bento.

Entre as decisões citadas por Gelson, está a saída de César da SDR e também a indicação, por parte do atual secretário, Jairo Cascaes (DEM), de um parente seu para compor a chapa 2 (encabeçada por João Fernandes – PSDB e Maurício da Silva – PMDB) na eleição da Cergal. “Não concordei com a saída de César da SDR. A executiva do diretório de Tubarão não foi consultada. Foi uma decisão só entre os presidentes dos diretórios da região. Além disso, Jairo indicou um parente para compor a chapa 2”, afirma Gelson.

Por enquanto, Gelson não tem uma posição definida. “Tenho grande simpatia pelo deputado estadual Joares Ponticelli, que é do PP. Mas não tem nada definido”, relata Gelson. O PP apoiou informalmente a candidatura da chapa 1 na eleição da cooperativa. Como o colunista Cristiano Carrador antecipou na última semana, o ex-secretário César Damiani está ‘dando um tempo’ para a política. “Continuo filiado, mas afastado das decisões políticas. Não fui convidado por nenhum partido e qualquer coisa que falem sobre isso não passa de boato”, assegura.

“Gelson não tem motivos para sair”

A possível saída de Gelson Bento e César Damiani do Democratas também chegou ao conhecimento do presidente do diretório municipal, Dalton Marcon. “Não há nada oficial. Mas eles têm o direito de se afastarem do partido se acharem conveniente. Acredito que não há motivos, principalmente para Gelson sair”, observa Dalton.
O presidente do partido diz que Gelson sempre foi valorizado pela sigla.

“Ele filiou-se em agosto de 2007. Logo em seguida, ficou quatro meses na câmara de vereadores, durante a licença de Jairo Cascaes (DEM), que estava na secretaria de desenvolvimento regional. Quando Jairo voltou para a câmara, Gelson foi para a SDR como diretor-geral e chegou a ser secretário interino, quando Ademir Matos (PMDB) estava de férias”, observa Dalton.

Com relação à troca de César por Jairo no comando da SDR, Dalton diz que a decisão foi regional. “Os presidentes dos diretórios municipais da região de Tubarão tomaram a decisão, que foi aprovada pela executiva estadual do partido e acatada pelo governador Luiz Henrique (PMDB). São mudanças comuns dentro do processo político”, avalia Dalton.