Carboníferas de Criciúma têm interesse na Jorge Lacerda

Empresas reuniram-se na quinta-feira para discutir proposta.

Capivari de Baixo

Quatro empresas carboníferas da região de Criciúma se reuniram na quinta-feira para firmar uma proposta de compra do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, localizado em Capivari de Baixo.

Em 15 de fevereiro, a Engie, atual proprietária, divulgou nota em que afirma que iniciou um processo de sondagem de mercado para identificar potenciais compradores para o complexo termelétrico. Segundo a empresa, a operação faz parte de sua estratégia de descarbonização em todo o mundo, focada em atividades de baixa emissão de carbono, com geração de energia limpa e renovável.

Na reunião de quinta-feira, participaram as empresas carboníferas Metropolitana, Belluno, Rio Deserto e Catarinense. Na Metropolitana e na Belluno, a direção informou que não comenta o assunto. Nas outras duas, ninguém foi encontrado para falar sobre a proposta de compra. Segundo informações preliminares, o valor especulado para a operação é de R$ 1 bilhão.

Entretanto, o diretor-presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, afirma que a empresa ainda não recebeu nenhuma proposta de negócio. “A Engie mandatou o Banco Morgan Stanley para fazer a sondagem junto a potenciais investidores interessados na aquisição do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda e de Pampa Sul (RS). Esse processo de sondagem se inicia na segunda-feira. Portanto, não existe informação sobre empresas já interessadas”, diz.

Sattamini conta que a empresa não vai divulgar o valor das vendas por ser uma informação estratégica. O diretor garante que no momento não existe a possibilidade de desativação do complexo.

Mesmo com possível venda, Engie continua na região
O diretor ressalta que, se as ofertas não atingirem o que a Engie espera, a empresa pode seguir operando ou vai tentar encontrar compradores mais adiante. “Se o complexo for vendido, a Engie não vai sair da região, pois possui duas usinas em Tubarão: a Usina Solar Cidade Azul e a Usina Eólica Tubarão, que não integram o Complexo Jorge Lacerda”, esclarece Sattamini.