Cão terapeuta ajuda no tratamento de alunos da Apae de Tubarão

Tubarão

Truques, brincadeiras, muito carinho e pelos. Os alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais  Apae de Tubarão, contam com o trabalho do cão voluntário em atividades lúdicas que colabora para divertir e estimular os estudantes.

Um projeto iniciado pelo adestrador Otávio Martins tem cooperado no tratamento de crianças e adolescentes atendidos pela entidade. O cachorro Duck, um Dog Alemão ou Cão Dinamarquês, de sete meses, é um Cão terapeuta, que ganhou há sete meses o coração de alunos e profissionais da instituição da Cidade Azul.

Otávio conta que a interação entre o animal e os alunos é imediata e todos querem chegar perto, tocar e o Duck.  Ele nem se importa, pelo contrário, fica bem à vontade quando os estudantes da instituição brincam com ele. “O Duck faz com que eles tenham vontade de executar a atividade. Utilizamos o cão na unidade com um objetivo terapêutico, não é só brincar, as crianças ficam mais centradas e conseguem se comunicar, socializar e se organizar melhor”, expõe.

Conforme a psicóloga da instituição, Flávia Atanásio Borges, a relação entre ser humano e animal desencadeia diversos sentimentos positivos, entre eles saúde emocional, física, social e cognitiva. Além de excelentes companheiros, os cães, por exemplo, ainda podem ajudar os alunos nos diversos problemas de saúde, transtornos ou outras limitações. “Além da estimulação temos percebido uma melhora da interação. Os alunos têm expressado melhor os seus sentimentos com a chegada do Cão Terapeuta. Com os estímulos vindos da interação com os pets, o resultado é bastante gratificante. Tem sido muito motivador”, pontua.

O adestrador explica que entre os principais requisitos para esse tratamento estão o cão ser dócil e contar com profissionais capacitado para a atividade. Duck não foi o único animal escalado para a atividade, a cadela Ayra de 9 anos, participou da iniciativa por alguns meses. O projeto foi criado por Otávio há aproximadamente um ano e meio, o trabalho é voluntário. “Era um sonho comecei com a Ayra, mas como já está mais velha ela interagia, mas logo queria voltar para casa. Com o nascimento do Duck escolhi ele, comecei a adestrá-lo e trouxe para a Apae para começar a convivência com as crianças. Da primeira sessão até agora houve grandes avanços”, conta.

A psicóloga afirma que transformações podem ser vistas nos gestos simples, no olhar e no sorriso de cada aluno. O trabalho emociona até quem está acostumado a lidar com as limitações. “Eles têm uma interação de contato com olhar com os animais. Temos que pensar que todo tratamento deve ser humanizado e o vínculo humano com o animal tem sido e é muito forte. A terapia com o Duck é aproveitada por toda equipe multidisciplinar. “Eles adoram e esperam ansiosamente o dia da aula para estarem os cachorros. A presença deles melhora o ambiente””, assegura.

Os alunos da Apae encontram com os animais uma vez por semana, cada sessão dura em média 30 minutos. A técnica adotada por Otávio surgiu em 1792, na Inglaterra, quando Willian Tuke indicou o uso de animais domésticos no tratamento de doentes de um asilo em Londres, na Inglaterra. Tuke ficou reconhecido mundialmente por meio da sua luta pelo tratamento humanizado.