Araranguá: casal inicia aproximação para adotar uma jovem e seu bebê

#ParaTodosVerem Na foto, uma família sentada em um campo
- Foto ilustrativa | Divulgação

Um processo de adoção chama a atenção da 3ª Vara Cível de Araranguá pelas características da nova família que pode ser formada, com os novos pais de uma adolescente que podem se tornar, também, avós. É que a adolescente em questão já é mãe, e a adoção compreenderia sua filha, ainda bebê. O fato só foi possível devido a um esforço conjunto entre a magistrada da unidade, Aline Mendes de Godoy, e as profissionais do setor de serviço social judiciário. Após pretendentes habilitados no Cadastro Único Informatizado de Adoção e Abrigo (CUIDA) e no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) serem consultados a partir de uma busca ativa realizada pelas assistentes sociais da comarca, Ninive Degasperi Poffo e Roberta Cecília da Silveira, a unidade iniciou a fase de aproximação da jovem e seu bebê de poucos meses com a possível nova família.

“Apesar de termos vários adolescentes e grupos de irmãos aptos para adoção, são poucos os casos de adoção tardia registrados na comarca. Com certeza esse caso renova nossas esperanças porque é uma família que decidiu mudar sua história”, explica a juíza. A assistente social Roberta Cecília da Silveira, da comarca de Araranguá, afirma desconhecer outra situação de adoção com essas características. “Além da adoção da adolescente, há o bebê, o que torna o processo ainda mais complexo. A família precisa estar preparada e entender o papel de cada um nessa nova formação familiar. Os papéis de pai e mãe e de avô e avó”, destaca. Além disso, em sua avaliação, no caso em tela foi de extrema importância a participação do casal no curso de preparação para adoção, e o contato permanente que mantiveram durante todo o processo com as assistentes sociais forenses para a construção do perfil pretendido.

Da mesma forma, a servidora destaca que a atuação do Judiciário e do serviço social tem que ser ainda mais presente por ser uma situação peculiar. Um casal estar aberto para aceitar não só uma adolescente, mas também um bebê, segundo a assistente social, é algo novo. “Já é reduzido o número de pretendentes que aceitam adotar adolescentes, ainda mais com filhos. É difícil quem aceitaria uma situação assim”, confirma. A vinculação entre o casal e a adolescente, segundo Roberta, tem progredido de forma positiva.

É nesse período, explica, que elementos subjetivos são avaliados na criação desse novo vínculo, visto que o processo de aproximação não pressupõe período de tempo mínimo ou máximo. “Neste estágio, os adotantes e adotados vão se reconhecendo como pais e filhos, são esses sinais de vinculação que analisamos, como demonstram a vontade de estarem juntos, por exemplo”. Através da identificação desses elementos é que se percebe o sinal de que é o momento de avançar a etapa. Após o processo de aproximação, o estágio de convivência é iniciado.

Fonte: Tribunal de Justiça de Santa Catarina

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