Após polêmica, McDonald’s tira a linha McPicanha de suas lojas no Brasil

#PraCegoVer Na foto, imagens ilustrativas do McPicanha
Na quinta-feira (28), o McDonald’s admitiu que o lanche não é feito com picanha - Foto: McDonald's | Divulgação

O McDonald’s decidiu retirar do cardápio de todas as suas lojas no Brasil, a partir desta sexta-feira (29), os dois sanduíches da linha “Novos McPicanha”. A propaganda gerou uma avalanche de reclamações nas redes sociais ao longo da semana. Os consumidores reclamavam principalmente que o sanduíche não tinha gosto de picanha. Na quinta-feira a empresa admitiu que o McPicanha não leva o corte nobre de carne bovina e a avalanche de críticas se tornou um tsunami. Nesta sexta a marca retirou o sanduíche do cardápio. Mas não exatamente por causa das críticas. A decisão ocorreu após uma notificação do Ministério da Justiça, dos Procons do Distrito Federal (que proibiu a venda do lanche na quinta e chegou a fiscalizar as lojas em toda a capital nacional) e de São Paulo. Todos pediram esclarecimentos sobre a falta de picanha nos sanduíches.

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) abriu um processo para investigar a campanha publicitária da rede de fast food. “A partir desta sexta-feira (29), estamos retirando do cardápio os dois sanduíches da linha Novos McPicanha, em todos os restaurantes no país. Esclarecemos que a plataforma recém-lançada denominada Novos McPicanha teve esse nome justamente para proporcionar uma nova experiência ao consumidor com o exclusivo molho sabor picanha, uma nova apresentação e um hambúrguer diferente em composição e em tamanho (100% carne bovina, produzida com um blend de cortes selecionados e no maior tamanho oferecido pela rede atualmente). Pedimos desculpas se o nome escolhido gerou dúvidas e informamos que estamos avaliando os próximos passos”, informou a empresa, em nota.

Na notificação, o Procon-SP pediu que a empresa apresente até o dia 2 de maio a tabela nutricional dos sanduíches, com a composição dos ingredientes – carne, molhos, aditivos, dentre outros – , além de documentos que “comprovem os testes de qualidade realizados, demonstrando o processo de manipulação, acondicionamento e tempo indicado para consumo”. Já Ministério da Justiça deu um prazo de 10 dias (até 8 de maio) para que a rede de fast food esclareça “se o produto tem picanha em sua composição, a porcentagem e se ocorreu alteração no percentual do corte após divulgação da linha de hambúrgueres”. Segundo a pasta, se os questionamentos não forem feitos no prazo solicitado, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) poderá abrir um processo administrativo contra o McDonald’s, com a possibilidade de apreensão, suspensão e proibição do produto, multa ou cassação da licença do estabelecimento.

Fonte: Agência Brasil, McDonald’s e Ministério da Justiça
Edição: Zahyra Mattar | Notisul

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