Apagão: Chuva ameniza corte de energia no Vale

Zahyra Mattar
Tubarão

A previsão de temperaturas mais altas nesta semana volta a preocupar os técnicos da Celesc. Todo o Vale do Braço do Norte, Orleans e alguns municípios serranos, abastecidos pela subestação de Braço do Norte, correm o risco de ficar sem energia elétrica caso não haja economia no horário de pico, entre 13h30min e 15h30min.

O calor excessivo e, principalmente, o fato da subestação de Orleans não estar em operação lançaram um desafio para a Celesc. Na última semana, parte de São Ludgero e todo o município de Grão-Pará ficaram sem energia. O corte foi deliberado e necessário para que nenhuma cidade ficassem sem luz. Neste fim de semana, a chuva foi comemorada e afastou a possibilidade de apagão. “A situação é caótica. Caso não haja economia, infelizmente, teremos que fazer um rodízio entre os municípios para garantir que não falte energia para todos”, reforça o gerente regional de Celesc, Gerson Bittencourt.

Conforme ele afirmou já na edição de fim de semana do Notisul, o sistema está sobrecarregado há duas semanas. A subestação de Braço do Norte suporta uma carga de até 392 amperes. Na última quinta-feira, quando o sistema precisou ser desligado em São Ludgero, a subestação marcava 440 amperes.

Esta sobrecarga pode fazer com que a linha de transmissão rompa e aí todos ficam sem energia por pelo menos três horas ininterruptas. A previsão é que a subestação de Orleans-São Ludgero fique pronta até o próximo domingo. Com isso, estima Gerson, o problema estará solucionado.

A obra já deveria estar pronta e o novo sistema ligado. Porém, o valor das terras desapropriadas foi contestado na justiça e os proprietários conseguiram uma liminar de embargo. A construção só foi retomada há alguns dias, quando a Celesc depositou o valor em juízo e conseguiu derrubar a liminar.

Sem problemas em Tubarão
Em Tubarão, não há problemas quanto ao abastecimento de energia, ainda que a região já tenha ficado em nível amarelo. “Isto significa que precisamos economizar mais. Mas em Tubarão temos como contornar a situação e ligar geradores, por exemplo. Tudo isso, seja em Tubarão ou no Vale, é causado pelo excessivo calor”, destaca o gerente regional da Celesc, Gerson Bittencourt.