Aids cresce entre as mulheres

Hoje, a página de saúde é dedicada às mulheres. Afinal, nesta terça-feira é o dia internacional delas. O assunto, dessa vez, é a prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Em 2010, o estado registrou um aumento perceptível de contaminação entre o sexo feminino.

Para cada dois homens que contraíram HIV (vírus da Aids), existe uma mulher contaminada. Desde 1984 até o ano passado, já foram identificados 24.860 casos. Destes, 8.850 são em mulheres. Tubarão ocupa a 12ª posição no ranking estadual de contaminação por HIV: são 440 casos.

A partir de 2000, os casos femininos aumentaram. A maioria das mulheres contaminadas têm entre 20 e 34 anos, e são donas de casa. A infidelidade, o preconceito de utilizar preservativos em uma relação estável e a dependência econômica estão entre os principais fatores do índice elevado de contaminação.
Mulheres de baixa renda são as mais infectadas pelo vírus HIV. Principalmente, as que têm apenas o ensino fundamental. A Aids ainda não possui cura, mas é possível viver com a doença por muitos anos. Contudo, o melhor é a prevenção.

Múltiplos papéis

As mulheres desempenham, atualmente, vários papéis no dia-a-dia. Elas são trabalhadoras, mães, donas de casa, esposas, namoradas, filhas, amigas. E é justamente por causa desta vida atarefada, que deixam de cuidar da própria saúde. Muitas só descobrem que estão com HIV quando grávidas, durante o pré-natal, ou mesmo momentos antes do parto. A mortalidade por Aids aumenta a cada ano, principalmente nas mulheres acima dos 50 anos. Profissionais já desconfiam que algumas mortes de idosos por doenças oportunistas estão relacionadas a Aids.

Iniciação sexual precoce

Atenção pais! As mulheres iniciam a vida sexual cada vez mais cedo. Hoje, a média de idade é 13 anos. Por isso, é importante trabalhar questões relacionadas à prevenção e educação. Os pais devem conversar com filhos.

Como se pega HIV

O vírus HIV está presente no sangue, no sêmen, na secreção vaginal e no leite materno. Relembre quais as formas mais comuns de contágio:
• Sexo vaginal, anal ou oral sem camisinha.
• De mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação.
• Compartilhamento da mesma seringa ou agulha contaminada.
• Transfusão de sangue contaminado com o HIV.
• Instrumentos perfurantes não esterilizados.

DSTs

As doenças sexualmente transmissíveis são mais comuns em mulheres. Elas são as que mais procuram os serviços de saúde do estado. Desde 1994 até 2010, as mulheres correspondem a 88% dos atendimentos, enquanto os homens somam 12%.