“Adote um vereador”: campanha chama a atenção em Imbituba

Denis Luciano/Divulgação/Portal Notisul
Denis Luciano/Divulgação/Portal Notisul

Imbituba

Um vereador em Imbituba recebe R$ 4,8 mil mensais. E assim continuará até o final do atual mandato, em 2020. A Câmara imbitubense poderá, caso mantenha o atual nível de gastos, deixar de consumir R$ 6 milhões dos cofres públicos no término da legislatura. E em paralelo a produção parlamentar aumentando. Eis as metas do Observatório Social (OS) de Imbituba que espalhou pela cidade outdoors da campanha “Adote um vereador”.

“A dinâmica é simples. Queremos que a população se envolva ao ponto de acompanhar de perto a produção legislativa, adotando um vereador e fazendo o acompanhamento do trabalho dele”, explica o presidente do OS, Ronaldo Medeiros Ferreira. “E isso faz com que os vereadores produzam cada vez mais e melhor”, adiciona.

Uma planilha que relaciona todas as atividades de competência de um vereador foi produzida e ali o popular anota o que cada parlamentar tem feito. Emendas à lei orgânica, projetos de lei de diversas naturezas, requerimentos, moções, editais, contratos analisados, entidades subsidiadas, visitas feitas, representações movidas, participações em audiências públicas, viagens realizadas e outros itens. “Nem todos os vereadores foram adotados até agora, alguns estão órfãos, mas o OS faz o papel paralelo de acompanhar todos e para todos preencher a planilha”, explica o presidente.

A intenção, ao final do mandato, é estabelecer o placar de cada vereador. “Começamos o projeto apresentando à própria Câmara, para que os vereadores soubessem da iniciativa”, comenta Ferreira. “Assim já notamos que eles saem da zona de conforto e passaram a apresentar mais propostas com impacto positivo”, percebe.

Imbituba conta atualmente com treze vereadores e, seguindo o preceito constitucional, o Legislativo consome 7% do orçamento anual do município. “Questionamos se esse valor era necessário e o presidente assegurou que não, que vão devolver cerca de R$ 1,5 milhão ao ano, totalizando R$ 6 milhões no fim do mandato. Vamos cobrar e estamos atentos”, reforça o presidente do OS.