Roberto e outras quatro pessoas morreram em um acidente na PR-280

Roberto Donizete Nunes, de 51 anos, era conhecido entre os motoristas de ônibus de Lages. Em sua página pessoal no Facebook, pode-se perceber um homem muito querido e especial para todos. Há alguns anos, começou um namoro. As fotos revelam um relacionamento de muito amor e cumplicidade. 

Há cinco anos na empresa Auto Aviação Catarinense, Roberto fazia o trecho Lages – Foz do Iguaçu costumeiramente, tanto é que, no Facebook, internautas comentaram sobre o zelo do motorista. Mas no início da madrugada de sexta-feira (11), Roberto e outras quatro pessoas morreram em um acidente na PR-280, entre Mariópolis e Clevelândia no sudoeste do Paraná. Entre as vítimas, também estava a lageana Maria Sueli Vieira Padilha .

Um caminhão teria colidido na lateral do ônibus. No ônibus, estavam 28 passageiros. Destes, sete homens, cinco mulheres e duas crianças – de três anos e três meses – ficaram feridas. Dez feridos foram levados para o Hospital São Lucas, de Pato Branco. Até o fim da manhã de sexta, dois haviam recebido alta, dois foram transferidos para a Policlínica. Dos seis que permaneciam internados, nenhum estava em estado grave.

Em nota, a Viação Catarinense lamentou o ocorrido e informou que está priorizando a assistência às vítimas e a seus familiares e colaborando com as autoridades para esclarecer as causas do acidente, e que “o veículo circulava em velocidade regular”.

Seu Áureo Floriani foi patrão de Betão, como era conhecido, por quase dez anos. Eles trabalhavam na antiga empresa de turismo, a Stramtur, em Lages. “Era um motorista nota mil. Todos o elogiavam pela educação e competência a frente do volante”, disse o amigo ao ter certeza de que o motorista da caçamba foi o culpado do acidente. “Ele está hospitalizado sob a custódia da polícia, em um hospital do Paraná, pois estava alcoolizado”, garante. 

O Instituto Médico Legal havia identificado, além de Roberto e Maria, outro passageiro, Itamar Antonio Dalpizol, de Cascavel. Outras duas mulheres seguem sem identificação. Até o final da tarde de sexta, nenhum corpo havia sido liberado. Familiares já haviam feito o reconhecimento de duas vítimas, porém, outros ainda necessitam de reconhecimento.