Presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros anuncia fim da greve

Os esforços do governo para encerrar a greve dos caminhoneiros, que chega ao seu oitavo dia nesta segunda-feira (28), foram aprovados por representantes da categoria.

 

O presidente da Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), José da Fonseca Lopes, afirmou que, com o acordo firmado com o governo neste domingo (27), o “assunto está resolvido”.

“Eu acho que o assunto está definido. O caminhoneiro está antenado, ele também quer sair desse movimento agora, porque já faz sete ou oito dias”, disse à Folha de S. Paulo.

Com a apresentação da nova proposta no domingo (27), o presidente Michel Temer espera que a greve se encerre. De acordo com representantes dos caminhoneiros, após liberação das rodovias, o abastecimento de combustível e alimentos deve ser normalizado de 8 a 10 dias.

Caminhoneiros devem voltar ao trabalho até ao meio-dia

Em entrevista concedida à Rádio Eldorado na manhã desta segunda-feira, 28, Lopes, disse que o momento agora é de que os caminhoneiros voltem às suas atividades. 

Lopes também agradeceu o apoio da população à categoria, mas ressaltou que ainda há coisas a fazer e “reuniões internas para resolver”.

“Vamos colocar ordem nesse segmento que transporta o Brasil nas costas. Um segmento que antes não tinha o reconhecimento do governo, que estava em uma situação pior que um indigente. A partir de hoje, essa situação deve se resolver”, disse ele.

“Essa política de preço vai fazer com que a gente saiba a quanto está trabalhando e ninguém vai poder nos explorar menos do que aquele valor, que será o nosso custo”. 

Leia na íntegra o comunicado da Abcam  anunciando o fim da greve: 

“Amigos caminhoneiros, voltem satisfeitos e orgulhosos para o trabalho. Conseguimos parar este país e sermos reconhecidos pela sociedade brasileira e pelo Governo.

Nossa manifestação foi única, como nunca ocorreu na história. Seremos lembrados como aqueles que não cederam diante das negativas do Governo e da pressão dos empresários do setor.

Teremos o reconhecimento da nossa profissão, de que nosso trabalho é primordial para o desenvolvimento deste país. Voltem com a sensação de missão cumprida, mas lembrando que a luta não termina aqui.”