Família fala sobre gratidão e emoção de Samuel ao ver o vídeo de Neymar

São Ludgero

Após a repercussão do vídeo de Neymar desejando forças ao garoto Samuel Ribeiro Arent, de São Ludgero, que luta contra um câncer, a família foi procurada e falou sobre a mensagem. De acordo com o tio de Samuel, Daniel Ribeiro o contato com o jogador foi realizado por uma pessoa que não quis se pronunciar e é muita querida, não só pela família e que vem ajudando bastante. “Essa pessoa se comoveu com o desejo de Samuel de conhecer o seu jogador favorito como a maioria das crianças. Chega até ser engraçado, pois toda vez que ele vai fazer um procedimento que faz anestesia geral ele delira com Neymar. Como não é tão fácil isso, de conhecer ele pessoalmente, esta pessoa conseguiu acesso com ele e neste domingo (6)  enviou esse vídeo no qual todos nos emocionamos com a alegria dele ao ver o vídeo, como disse ele “o meu parça Neymar me mandou o vídeo,” comentou Daniel.

Questionado de como a família e garoto reagiram ao vídeo, o tio informou que depois deste ato do jogado, o garoto Samuel se tornou ainda fã de Neymar. “É impressionante atos como este em que dinheiro não compra. Toda essa campanha em busca de recursos financeiros são custos altos, mas que geraram um ato importante para Samuel.  Posso dizer que ele já era um fã, ainda mais depois de um gesto de humildade dele. Isto é incrível! Só Deus nos proporciona essas coisas, Deus cuida de cada detalhe e a família é grata a Deus e a essa pessoa que trouxe essa alegria para Samuel.”, Declarou o tio de Samuel.

A doença

Samuel descobriu o câncer em novembro de 2016 com o surgimento de um caroço na virilha do menino. Após aproximadamente três meses realizando uma série de consultas e exames, a família recebeu o diagnóstico. “A médica nos relatou que a doença já estava em estágio avançado e com focos em várias partes do corpo. Chegaram a cogitar a possibilidade de amputar uma das suas pernas, já que a suspeita inicial era de que seria um carcinoma”, detalha o pai. “Foi um momento muito difícil, ele ficou muito fraco e chegou a ir para a UTI, mas nunca perdemos a fé. Ele mostrou uma recuperação e foi submetido a exames, que mostraram que ele não tinha mais nada. Ainda assim, finalizou o tratamento com as quimioterapias”, completa.

Samuel passava por exames de rotina há quatro meses e todos apontavam resultados positivos. Porém, os pais perceberam o surgimento de caroços no couro cabeludo e na cervical. “O do couro cabeludo cresceu rapidamente e procuramos a médica. Ela solicitou que levássemos o Samuel para Florianópolis imediatamente. Após mais exames, recebemos a notícia de que o câncer havia reincidido”, conta. Os exames mostraram que a medula óssea do menino está saudável, o que possibilitará um autotransplante.

O caso ainda passará pela avaliação de um especialista de Porto Alegre (RS). Os trâmites para o procedimento já estão encaminhados e deve ser viabilizado por meio do SUS. “Estamos recebendo muito apoio da prefeitura, mas nem tudo podem disponibilizar e teremos muitas despesas. Ele precisará realizar um PET Scan a cada dois meses, com um custo entre R$ 4 a 5 mil. Além disso, quando não conseguirmos auxílio dos poderes públicos, precisaremos arcar com despesas de locomoção, estada e alimentação durante o tratamento e após o autotransplante”, calcula o pai.

Ação entre amigos

Uma rifa entre amigos foi realizada para auxiliar a família. O bilhete pode ser adquirido pelo valor de R$ 20,00. Outras informações podem ser obtidas com o pai do menino por meio do telefone (48) 99918-6498. As pessoas também podem contribuir com depósito ou transferência bancária para a conta corrente da Caixa Econômica Federal número 21294-9, agência 1070.

“Já estamos recebendo muito apoio e carinho. Agradeço a Deus, à igreja que frequentamos, à empresa em que trabalho e à escola do Samuel pela compreensão da mudança de rotina, à prefeitura por todo auxílio, à equipe médica, aos familiares e amigos, ao departamento de esporte do município. Muito obrigado a todos!”, declara Arent. “Todos abraçaram essa causa. Os amigos que não podem ajudar em dinheiro pegam blocos para vender. Na minha conta bancária tinha um depósito de R$ 10,00. Isso é muito emocionante, pois uma pessoa que não tenha condições financeiras tirou R$ 10,00 do seu orçamento para nos ajudar”, relata.

Samuel, o pai, a mãe Maria Fabiana e o irmão mais novo Lucas Emanuel seguem confiantes na cura da doença. “A fé em Deus e todo o apoio que recebemos nos dá a certeza de que venceremos mais essa batalha”, conclui Arent.

Colaboração: Repórter Sul