Violência no futebol: Verdadeira batalha campal em Criciúma

Priscila Loch
Criciúma

A última rodada do Campeonato Catarinense, ontem, foi literalmente um estouro. Em Tubarão, torcida e jogador estranharam-se e quase entraram em vias de fato (leia mais na página 13). Já em Criciúma, o clima foi ainda mais tenso e houve pancadaria geral no fim do jogo contra o Avaí. Um torcedor dos visitantes jogou uma bomba em um torcedor adversário.

Ivo Costa, 62 anos, teve a mão amputada devido à explosão. Os torcedores do Tigre então resolveram revidar e começou uma verdadeira batalha campal. A polícia entrou em ação e a confusão transferiu-se para o exterior do Estádio Heriberto Hulse. Durante a briga, houve uma verdadeira chuva de pedras.

Balas de borracha e bombas de efeito moral foram as principais armas para tentar esfriar os ânimos. O repórter esportivo do Jornal da Manhã, Fernando Ribeiro, ex-colaborador do Notisul, quase foi atingido por uma bala e uma bomba explodiu ao seu lado enquanto fazia a cobertura do caso.
Por volta das 19h20min, quatro pessoas machucadas durante o confronto já haviam sido atendidas no Hospital São José e outras duas estavam a caminho. Às 20h30min, os policiais ainda tentavam conter a briga.

Os avaianos tiveram que ser escoltados até o Batalhão de Polícia Militar, de onde somente foram liberados, pouco a pouco, mediante cadastramento, inclusive com fotografias anexadas aos seus dados.
Além de oito ônibus, muitos torcedores do time da capital que viajaram para Criciúma de carro tiveram os pneus furados. Até as 23 horas de ontem, a polícia ainda não havia divulgado se tinha identificado o acusado de jogar a bomba.

Logo que soube da batalha, o secretário de segurança pública do estado, Ronaldo Benedet, tratou logo de se deslocar para Criciúma, com o objetivo de acompanhar cada passo do caso de perto. Ele levantou a hipótese de abrir uma sindicância.