Seleção de futsal: Brasil coroa ano de ouro com Nilton Júnior

Marco Antonio Mendes
Tubarão

O jogo era da seleção brasileira de futsal, mas o principal motivo de tanta gente reunida em frente à televisão não era simplesmente assistir ao amistoso contra o Paraguai, e sim a possibilidade de ver o tubaronense Nilton Júnior em quadra, defendendo o país.

Tios, primos, amigos e os pais do goleiro da Unisul/Seguridade/Penalty fizeram festa quando o técnico PC de Oliveira deu uma chance ao atleta. Nilton entrou nos últimos dez minutos do segundo tempo. O suficiente para mostrar, pelo menos um pouco, do que sabe fazer.

Sem Falcão, que saiu logo no início do confronto, depois de torcer o tornozelo, o Brasil venceu os visitantes por 8 a 2, na noite de ontem, em Guarulhos. Domingo, os brasileiros já haviam vencido por 4 a 1. As vitórias consolidam com excelência o ano de ouro da seleção brasileira, que foi hexacampeã do mundo, em outubro, após derrotar a Espanha e quebrar a hegemonia do principal rival.

Em uma partida onde os brasileiros dominaram, os gols foram marcados por Gabriel e Betão (duas vezes). Neto, do outro lado da quadra, ampliou marcando o quarto. Thiaguinho fechou o primeiro período a dois minutos do término.
No segundo tempo, o Paraguai conseguiu diminuir a diferença, mas não o suficiente para abalar os brasileiros. Valdin, Thiaguinho e Gabriel ainda ampliaram para a seleção verde e amarela (que ontem estava de azul).

Entrada no fim da partida e proposta da Espanha

Cada gol brasileiro era comemorado com muita gritaria na família do goleiro Nilton. Com mais folga no placar, as chances do tubaronense entrar tornavam-se maiores. Dario Bogado, da seleção paraguaia, marcou aos três do período final, ainda com Danilo como goleiro. Uma falha na defesa brasileira possibilitou o segundo gol dos visitantes, já com o jogador da Unisul em quadra.

Com o ano coroado com tantas vitórias, os familiares do garoto só têm a comemorar. Em conversa por telefone com o pai, o goleiro revelou uma proposta recebida por um time espanhol. “Mas acho que este ainda não é o momento dele ir”, analisa Nilton Mendes Nunes, o pai do atlesul. “Tanto Júnior, quanto Murilo e Acco que jogaram pela seleção sub-20, têm potencial de estarem daqui a quatro ou oito anos defendendo o país em um mundial. Vamos ver”, orgulha-se Nilton pai.