Fábrica de medalhas

Fernanda foi uma das premiadas com o Troféu Salim Mussi Miguel
Fernanda foi uma das premiadas com o Troféu Salim Mussi Miguel

 

Thiago Oliveira
Tubarão
 
Entre os vários medalhistas da Associação Tubaronense de Natação (ATN), três destacam-se. Fernanda Schmitz Delgado, de 13 anos, Cassiano de Souza Benedetti, 15, e Thales Antunes Amorim, 16, foram agraciados com o Troféu Salim Mussi Miguel, na semana passada. O prêmio é o reconhecimento ao desempenho deles no ano passado.
 
“Quando recebemos um prêmio da prefeitura, é sinal de que as pessoas nos observam. E isso motiva para buscarmos cada vez mais”, enaltece Thales. “Tudo foi conquistado com trabalho duro. Se continuarmos assim, muitos outros prêmios virão”, acredita Cassiano. “É o reconhecimento do nosso esforço”, vibra Fernanda, a mais jovem dos três.
 
Apesar da pouca idade do trio, as conquistas são muitas. Thales já ganhou mais de 140 medalhas e cinco troféus. Fernanda admite ter perdido as contas do número de prêmios. Cassiano tem a resposta na ponta da língua: 114 medalhas e quatro troféus.
 
Tantos prêmios são um reflexo de uma puxada rotina de treinos. Os três estão nas piscinas de segunda-feira a sábado, em uma média de 2h30min por dia. 
O trabalho duro fez com que todos pensassem em desistir, mas a motivação por mais conquistas fala mais alto. “Às vezes dá vontade de largar. É bastante cansativo. Mas a vontade de ganhar cada vez mais é muito forte”, confirma Thales.
 
Futuro nas águas ou na medicina
O grande número de conquistas faz com que os nadadores Fernanda Schmitz Delgado, Cassiano de Souza Benedetti, e Thales Antunes Amorim, todos da ATN, cogitem um futuro nas piscinas. Fernanda e Cassiano afirmam ter vontade de tornarem-se profissionais; Em contrapartida, os planos de Thales são diferentes.
 
Aos 16 anos, ele empilha medalhas conquistadas nas águas, tanto que teve a oportunidade de realizar uma pré-temporada nos Estados Unidos, em fevereiro deste ano. Mas o especialista em provas curtas afirma que trocaria os Jogos Olímpicos por uma outra coisa.
 
“Claro que eu gostaria de disputar as Olimpíadas, mas não é o meu sonho. Meu grande desejo é me formar em medicina”, revela o rapaz. Fernanda entrou na natação por causa da asma e não saiu mais da água. “Quero competir até onde eu puder”, avisa.
 
Além das piscinas, a garota participa de travessias aquáticas, e já obteve resultados expressivos. Recentemente, a atleta sagrou-se campeã geral de uma prova em São Francisco do Sul. “A nossa categoria era muito forte, mas eu não imaginava que poderia ganhar”, valoriza.
 
Foi nos gramados o começo de Cassiano, mas foi nas piscinas que ele achou o seu lugar. “Comecei no futebol, mas não deu certo. Meu professor de educação física incentivou à prática da natação. Gostei muito e no ano passado tive meus melhores resultados. Se der certo, quero ser profissional”, assinala o atleta.
 
Thales (E) e Cassiano possuem ambições diferentes nas carreiras