Campeonato de Surfe: Nativos vão dividir ‘suas’ ondas

Laguna

Os surfistas ‘nativos’ do Farol de Santa Marta, em Laguna, vivem a expectativa de dividir as suas ondas com atletas de todo o mundo em uma só vez. Isso a partir de amanhã, quando ocorre abertura da 17ª etapa do World Qualifying Series (WQS).

O South to South Santa Marta Pro é considerado cinco estrela – os melhores locais do WQS, são seis – e foi mobilizado pela Associação de Surfistas do Farol, que se tornou filiada à Federação Catarinense de Surfe recentemente e terá o seu representante. O surfista Rodrigo Faria há anos prática as manobras nas praias do Farol e foi convidado pela ASF para participar do evento.

Com 30 sócios, a associação festeja o evento e espera ver os brasileiros no pódio. “Estávamos lutando muito tempo para conseguir trazer um circuito profissional para o Farol, um point do surfe no Brasil. Esperamos que um brasileiro conquiste a etapa”, conta o presidente da Associação de Surfistas do Farol, Ângelo Teodoro, o Anjinho.

A seu favor, além do surfista nativo, o Farol tem a conhecida ‘esquina do atlântico”, onde as ondas atingem uma média de 10 a 12 pés. As ondas do Farol serão conhecidas no mundo todo com a transmissão do campeonato ao vivo. O movimento deverá receber um incremento considerado depois do circuito de acesso para o WCT (elite do futebol mundial).

Expectativa é atrair
adeptos ao esporte

Os surfistas chegaram ao Farol de Santa Marta no fim da década de 70, após a propaganda ‘boca-a-boca’ dos praticantes paulistas. Hoje, a comunidade possui 2,2 mil habitantes e, além de lutar pelo evento, a associação espera como resultado atrair mais adeptos à prática do surfe. Anjinho, que é professor de educação física, da única escola da comunidade, é também um apaixonado pelo esporte e pelo local.

“É um esporte cada vez mais praticado. Quem sabe, um dia vai sair daqui um campeão mundial”, analisa Ribeiro. O evento também mexe com os moradores. Com o movimento, Dona Maria lembra da primeira vez que viu um surfista. “Eu dizia: Sai daí menino, que o mar dá bravo. Ele só ria”, lembra ela.