“Nenhum camelô ficará desamparado”

Projeto da nova ponte é desembocar na avenida Marcolino Martins Cabral. Parte das barracas pode ser removida  - Foto:Rafael Andrade/Notisul
Projeto da nova ponte é desembocar na avenida Marcolino Martins Cabral. Parte das barracas pode ser removida - Foto:Rafael Andrade/Notisul

Rafael Andrade
Tubarão

Se o projeto da obra da nova ponte no centro de Tubarão for realmente colocado em prática, e o prefeito Olavio Falchetti (PT) garante que sim, os cerca de 150 camelôs que trabalham no local há cerca de 25 anos, terão um novo local para continuarem suas atividades. E a notícia não é tão avassaladora para os trabalhadores, já que, segundo o gestor público municipal, somente poucas barracas deverão ser resolvidas.

“E caso isto ocorra, os removeremos para parte do estacionamento da antiga rodoviária. Se ainda necessário for, realocaremos os vendedores de cachorro-quente para o pátio do antigo Besc”, planeja o prefeito. 

Isentos à discussão política ou a um eventual embate jurídico sobre a  construção da nova travessia, realmente necessária para a Cidade Azul, já que são mais de 87 mil veículos com emplacamentos por aqui – fora os milhares que trafegam diariamente de outros municípios – estão os 32 proprietários das 32 barracas que funcionam bem na saída leste da eventual ponte, na margem direita. “Acredito que esta ideia nunca sairá do papel. É um ano político, e é de se desconfiar de tudo. O que mais incomoda é que ninguém por aqui – os comerciantes – jamais foi consultado ou informado sobre a intenção ou propostas da prefeitura sobre o nosso futuro. Somos pais, mães e trabalhadores. Temos alvará de funcionamento e razão social. Pagamos impostos e temos direitos”, alerta o vendedor Cesário Luiz Nicolau.

O vereador Nilton de Campos (PSDB) deve pedir a impugnação do projeto. “O problema mais visível é o descumprimento do artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que pode gerar até uma improbidade do atual gestor público. Também há erros escrotos no estaqueamento. Além disso, querem pagar as cinco primeiras parcelas de R$ 38 mil ao mês, e ficariam mensalidades altíssimas à próxima gestão”, aponta.