“Não preciso da caneta cheia”

Olavio e Akilson promoveram uma entrevista coletiva, ontem, para apresentar os próximos passos rumo à posse como prefeito e vice.
Olavio e Akilson promoveram uma entrevista coletiva, ontem, para apresentar os próximos passos rumo à posse como prefeito e vice.

Priscila Loch
Tubarão

A pouco mais de 80 dias de assumirem a administração de Tubarão, Olavio Falchetti e Akilson Machado já começaram a planejar como será o governo. Ontem, um dia após serem eleitos, os petistas listaram as suas principais prioridades.
Uma das primeiras será colocar gente qualificada à frente das secretarias. A busca iniciará dentro da própria prefeitura, entre os servidores concursados. “Sempre falamos em gestão técnica, queremos contar com pessoas que tenham competência para o cargo. Minha especialidade é ciências exatas, já que sou engenheiro, e a do Akilson a saúde, por ser médico. Mas nos falta sabedoria em outras áreas”, declara o futuro prefeito.

A equipe a ser montada será formada por tubaronenses, garante Olavio, refutando as especulações de que o seu partido sempre contrata pessoas de fora da cidade. A quantidade de secretarias será definido apenas em 2013, “um número mínimo para não emperrar a máquina”.

A pouca receita disponível da prefeitura não assusta os petistas. A alternativa é buscar parcerias com empresas e os governos estadual e federal. E apresentar bons projetos. “Não precisa ter uma caneta cheia, precisamos é de comprometimento e competência. Quantas vezes se administra uma empresa sem ter dinheiro em caixa”, compara o prefeito eleito.

Participação das comunidades

Olavio Falchetti se diz preparado para atingir as expectativas dos 26.921 eleitores tubaronenses que lhe deram voto de confiança e também os outros 33.518 que escolheram nas urnas um de seus três adversários.

“Quem venceu as eleições foram os tubaronenses. E o povo pode esperar. O mais importante da política é fazer uma boa gestão”, salienta o futuro prefeito.
E a população será importante no processo de direcionamento dos recursos. O orçamento participativo é um projeto que ganha força a cada dia. A cidade será dividida em 13 regiões, onde as comunidades escolherão delegados responsáveis por elencar as prioridades.

“Os delegados conhecerão os projetos e definirão qual será a ordem de execução. É de extrema importância essa participação”, adianta o vice-prefeito eleito, Akilson Machado.
Levar a prefeitura aos bairros também está nos planos. A meta é pelo menos uma vez por mês ir às comunidades. “Temos que sentir a lama, a poeira, a estrada ruim, a falta de conservação da escola”, promete Olavio.

Mais um Prontoatendimento 24 horas é projetado

Depender do sistema público de saúde para conseguir atendimento médico sempre foi uma pedra no sapato da população menos favorecida economicamente. Em Tubarão, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 vem como esperança de dias melhores. Mas não deve solucionar o problema completamente.

A demanda de pacientes é grande, e os futuros administradores de Tubarão já pensam nisso. Como a UPA em obras é construída a partir de convênio com o governo do estado, a ideia é buscar recursos com o governo federal para mais uma unidade.
“Vamos negociar com o Ministério da Saúde, que oferece um pacote completo, inclusive com destinação de verbas mensalmente para a manutenção”, explica o vice-prefeito Akilson Machado.