Justiça federal: Revogação de prisão de ex-empresário é pedida

Carolina Carradore
Tubarão

A procuradora do ex-empresário Dilsonei da Silva Machado, Andiara Zabot Machado, entrou ontem com pedido para revogar a prisão preventiva do empresário, expedido essa semana pela justiça. Acusado de sonegação fiscal, até o fim desta edição, ele não havia sido preso.

Segundo Andiara, que é esposa de Dilsonei, a prisão preventiva foi concedida somente pela falta de endereço, uma vez que mudaram de casa no ano passado. Ela garante que o marido irá apresentar-se à justiça, mas não informou a data. Dilsonei, que foi proprietário da empresa Machado Center Presentes, em Tubarão, trabalha hoje como autônomo, no ramo de automóveis.

“O novo endereço já foi informado hoje (ontem) à justiça, então, não há mais porque da sua prisão. Ele não estava foragido, pois trabalha normalmente todos os dias e não sabia dessa prisão”, alega a procuradora. Ela garante que não há nenhuma condenação contra o empresário e que ele é inocente da acusação de sonegação fiscal. “Ele vai provar sua inocência e mostrar que tem nota de tudo”, reforça.

Quanto à vinculação do nome do ex-empresário com receptação de mercadorias roubadas durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Roubo de Cargas, instalada pela Assembléia Legislativa catarinense em 2002, Indiara rebate e diz que Dilsonei jamais foi chamado para depor em nenhuma CPI e que nunca foi acusado de algo parecido.

Auditoria constata irregularidades

A prisão preventiva de Dilsonei ocorreu após pedido do Ministério Público Federal em Santa Catarina. Em 2008, o MPF ajuizou duas ações penais contra Dilsonei com base em auditoria realizada pela Receita Federal. Segundo o procurador da república em Tubarão, Celso Antonio Três, na condição de gestor da Machado Center Presentes, Dilsonei deixou de recolher tributos através da não contabilização das receitas. A RF apurou um crédito tributário no valor de R$ 234.666,67, montante calculado até novembro de 2003. A auditoria da RF também constatou que o então empresário declarava rendimentos muito aquém da disponibilidade econômica de sua conta corrente bancária pessoal.