Investigações seguem

 

Angelica Brunatto
Capivari de Baixo
 
Muitos candidatos ainda esperam um desfecho sobre o polêmico concurso público da câmara de vereadores de Capivari de Baixo. As próximas etapas continuam suspensas, pelo menos até o fim das investigações. A sugestão ocorreu em fevereiro deste ano, quando a promotora Marina Modesto Rebelo, que atuava no Ministério Publico (MP) da cidade, cuidava do caso, e notificou a câmara.
 
Agora, quem está à frente do MP é o promotor Ernest Kurt Hammer Schmidt. Um inquérito civil foi instaurado. Algumas testemunhas já foram intimadas, e outras ainda devem ser chamadas. Não há uma data para que esta fase termine, é necessário reunir mais provas.
 
Quando forem recolhidos materiais suficientes, será aberta uma ação civil pública. Só depois se saberá se o concurso será, ou não, anulado.
 
A intenção do MP é averiguar corretamente o que ocorreu. As provas do concurso público foram aplicadas em janeiro, na quadra de esportes da Escola Anselmo Pietrulla. O local abrigava mais de 400 pessoas, que reclamaram da exposição ao sol, vento e chuva. 
 
Depois da realização da prova, pelo menos 11 pessoas assinaram uma representação e a entregaram ao Ministério Público. Os concorrentes apontaram, no documento, pelo menos 15 irregularidades encontradas durante a prova e da organização do concurso. 
 
A polêmica começou com o horário de abertura dos portões, apenas 15 minutos antes do início das provas. Alguns concorrentes afirmaram que não havia organização e que os testes começaram 20 minutos atrasados.
 
Próximas etapas
Enquanto as investigações do concurso público da câmara de vereadores de Capivari de Baixo não chegarem ao fim, não será possível divulgar o gabarito final, a lista de classificação dos candidatos e também não haverá a homologação do concurso.
 
O polêmico concurso
O concurso público da câmara de vereadores de Capivari de Baixo começou a gerar desconfiança entre os candidatos em dezembro do ano passado. O cartão resposta já havia sido entregue aos concorrentes no ato da inscrição. 
O prazo para inscrições foi prorrogado às vésperas da prova. O motivo foi porque no edital do concurso não constava a isenção de taxa para doadores de sangue e desempregados, o que é previsto em lei municipal.
O edital não informava os contatos da empresa Empenho, responsável pelo concurso. Um inquérito chegou a ser aberto pelo Ministério Público para investigação e evitar a anulação. Durante o processo, foram feitas modificações no edital. 
O valor da inscrição foi de R$ 120,00 para os cargos de nível superior, R$ 70,00 para os de nível médio e de R$ 40,00 para os de nível fundamental. O concurso público da câmara ofertou 15 vagas para as funções de advogado, auxiliar de copa, recepcionista, telefonista, agente administrativo, assistente legislativo, auxiliar financeiro e agente patrimonial.