Exames de endoscopia: “Não há o que temer”, diz especialista

Carolina Carradore
Tubarão

O falecimento de duas mulheres após a realização de um exame de endoscopia, em Joaçaba, no oeste do estado, deixou a população catarinense preocupada e insegura quanto a realização do procedimento. Mas o gastroenterologista Jaime Cesar Souza, um dos diretores da Clínica Pró-Vida, de Tubarão, garante: “não há o que temer’.

Especialista em endoscopia há 30 anos, Jaime ficou surpreso ao saber das mortes causadas pelo procedimento. Em toda a carreira nunca presenciou nenhum problema relacionado a endoscopia. “Aqui na Pró-vida realizamos o exame há 19 anos e nunca tivemos o menor problema. Isso foi uma surpresa no Brasil inteiro”, ressalta. Na clínica são realizados diariamente 20 procedimentos deste tipo. No município, a média diária é de 70 exames.

O médico entrou em contato com a Sociedade de Endoscopia Digestiva e a Associação Catarinense de Medicina para ficar a par da situação. “É possível que tenha ocorrido alguma reação no medicamento. De fato foi um caso isolado”, considera.
O gastroenterologista tranquiliza a população e garante que o exame é 100% seguro. “Não há o que temer. Em Tubarão tudo é feito da maneira mais segura possível”, atesta Jaime.

Como funciona

A endoscopia é feita por meio de um aparelho flexível que contém na ponta uma microcâmera. O equipamento é introduzido via oral para examinar esôfago, estômago e duodeno. Antes do procedimento, o paciente ingere gostas de dimeticona (princípio ativo do medicamento Luftal) e spray de lindocaína (anestésico local). Um sedativo é aplicado para ajudar a pessoa relaxar. Após a realização do exame, o paciente fica em observação de 20 a 40 minutos.