Duplicação: Até dezembro, será que triunfa?

Zahyra Mattar
Tubarão

Quando se discriminam os números em relação às obras de duplicação da BR-101, o resultado nem sempre é tão positivo. Isto porque as pessoas querem saber é de obra pronta. No comparativo de julho com agosto, por exemplo, o total de pistas duplas avançou 1,71% (cerca de 1,7 quilômetro). De 165,75 quilômetros duplicados em julho (66,70%), passou para 170 quilômetros (68,41%) no mês passado.

A impressão é que a obra não avança e o cronograma disponibilizado pelas empreiteiras ao Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes – aquele, de terminar a duplicação dos 197 quilômetros da rodovia no lado catarinense até dezembro deste ano – parece ficar cada vez mais distante.
A questão é que, em todos os lotes, os trabalhos estão concentrados junto a obras-de-artes como viadutos e passagem inferiores, por exemplo. Por conta disso, os poucos metros asfaltados resultam em baixos percentuais.

Mas se os números não são os que todos gostariam de ver neste sentido, há outras comparações que confirmam o avanço das obras. Dos 238,5 quilômetros da rodovia (de Palhoça a Osório, no Rio Grande do sul), 170 quilômetros estão prontos.
Este total corresponde aos 68,41% do título. Ainda: deste total de pista pronta, 144,4 estão liberadas. O que está feito, mas ainda não está disponibilizado ao motorista, são trechos junto aos desvios e não são abertos por questão de segurança. E é neste ponto que o círculo se fecha: sem a finalização das obras-de-arte maiores, não há como duplicar o restante das pistas.

Os trabalhos da Triunfo esta semana

Ontem, em Tubarão, quem trafegou pelo trecho do lote 26, sob a responsabilidade da Construtora Triunfo, com certeza deve ter ficado surpreso com a quantidade de equipes espalhadas em vários pontos da rodovia. Assim como nos outros trechos, a empresa trabalha para finalizar os serviços junto às obras-de-arte e poder avançar em termo de pistas duplicadas. Entre o Rio Cubículo e o acesso a Treze de Maio, uma equipe atua na conclusão de mais dois quilômetros de pista.
Nas proximidades do Posto São Bernardo, no Morro da Cebola, em Jaguaruna, outro time atua na conclusão da passagem inferior e um segundo grupo faz a remoção de terra e rochas de outra parte da rodovia.

Ainda no Morro da Cebola (proximidades da Boate Azul), é feito aterro em um trecho e a recuperação de um quilômetro de rua lateral. No Viaduto principal de Tubarão, pelo menos 20 homens fazem a amarração das ferragens (foto) para a finalização do muro de contenção do equipamento (sentido sul). Assim que isso for feito, inicia o aterro. Na ponte sobre o Rio Tubarão, outra equipe faz a base para o asfalto na cabeceira norte/sul e um segundo time inicia o aterro da cabeceira no sentido oposto.