Dia Nacional de Combate ao Fumo: Adolescentes têm fumado cada vez mais

Amanda Menger
Tubarão

Em Santa Catarina, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de pulmão, traquéia e brônquios é o segundo mais comum em homens e o quarto em mulheres. Mas, na Amurel, os números são diferentes para os homens, já que este tipo de câncer fica em primeiro lugar. E um dos principais fatores que levam ao aparecimento de câncer no sistema respiratório é o tabagismo.

“O cigarro tem 4.720 substâncias conhecidas e, destas, 60 são comprovadamente cancerígenas. O tabagismo é um problema de saúde pública, por isso, o governo tem incentivado a realização de campanhas e programas para que as pessoas deixem de fumar e os jovens nem experimentem”, afirma Laury Kuntz Makowiecky, coordenador regional do programa de controle ao tabagismo e outros fatores de risco de câncer, de Tubarão.

Laury trabalha desde 1994 com os programas governamentais e nota uma redução no número de fumantes. “As pessoas estão mais conscientes dos riscos e das doenças que o tabagismo traz, fumam menos e procuram tratamentos para parar. Porém, muitas ainda acham que o cigarro é inofensivo. Porém, é uma droga. Quem fuma é dependente e deve ser tratado para superar o vício”, justifica.

Para o coordenador, um dos problemas é que, a cada ano, mais jovens tornam-se fumantes. “Isso é grave. Observo que crianças de 11, 12 anos estão fumando. Primeiro, experimentam e depois usam com freqüência e misturam com outras drogas, álcool”, adverte. E os estudantes fazem parte do público-alvo de uma série de atividades dos programas municipais de controle ao tabagismo. “Temos que mostrar os riscos e as consequências para que eles nem sequer experimentem”, argumenta.