As novas ‘peripécias’ do mosquito

Pesquisadores descobriram que o mosquito pode proliferar-se em água levemente salinizada.
Pesquisadores descobriram que o mosquito pode proliferar-se em água levemente salinizada.

Karen Novochadlo
Tubarão

Pesquisas realizadas em São Paulo comprovaram que o mosquito Aedes Aegypti pode reproduzir-se em outros tipos de água, não apenas na limpa e doce, como é habitualmente divulgado. Na região, alguns municípios ainda não estão preparados para lidar com esta nova realidade.
Há alguns dias, a pesquisadora Marylene de Brito Arduino, da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) de São Paulo, comprovou que o mosquito pode reproduzir-se em águas levemente salinizadas e com a presença de produtos químicos, o que significa que a espécie está evoluindo. Entretanto, não é possível que as larvas possam desenvolver-se no mar.

Como as descobertas são recentes, nenhum órgão estadual comunicou o fato para os municípios. Isso, porém, deve servir de alerta. Barcos, utensílios de pesca, dentro outros objetos, podem armazenar uma quantidade de água suficiente para o mosquito depositar as larvas. Comunidades litorâneas precisar prestar atenção.
Em Laguna e Imbituba, os trabalhos desenvolvidos pelos programas de combate à dengue continuam normais. Em Imbituba, existem 256 armadilhas espalhadas na maioria dos bairros e 160 pontos estratégicos são monitorados. Destas, 24 estão localizadas no porto. Outros estão em postos de gasolina, cemitérios, floriculturas.

Já Laguna dispõe de 148 armadilhas espalhadas em várias regiões. Cada um desses locais é monitorado semanalmente por agentes de combate à dengue. Quarenta e cinco pontos estratégicos foram assinalados no município para observação, entre eles cemitérios, borracharias, depósitos, floricultura e garagens de transportadoras.
No ano passado, foram encontrados sete focos da dengue na região, três em Tubarão, três em Imbituba e um em Jaguaruna.

Primeiro possível caso de ‘picada’ dentro de Santa Catarina
Na última semana, foi registrado um possível caso de contaminação em Santa Catarina no município de São João do Oeste. Ainda não ficou claro se o homem de 77 anos contraiu dengue, afinal, são aguardados outros exames.