Ano letivo pode iniciar com greve

Jailson Vieira
Capivari de Baixo

A educação no Brasil neste ano tem passado por momentos turbulentos. No país afora ocorreram grandes manifestações acerca dos inúmeros problemas vividos por aquilo que deveria ser prioridade nas esferas nacional, estadual e municipal, porém o que se pode presenciar são situações contrárias a tudo que se esperava. O ano letivo nem acabou e o retorno às aulas, que deverá ocorrer em fevereiro de 2016, está comprometido e poderá inicar em Tubarão e em Capivari de Baixo, com greve.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Municipal de Tubarão e Capivari de Baixo (Sintermut), Laura Oppa, o ano escolar poderá iniciar em greve pelo descumprimento dos acordos firmados com a categoria. “Em Capivari de Baixo, por exemplo, os profissionais não receberam o 13º salário e são realizados descontos de vale-transporte, mas nem isso os educadores tem recebido. Vamos entregar a documentação amanhã (hoje) ao Ministério Público (MP) relatando o caso”, esclarece Laura.

A presidente revela que os funcionários estão em estado de greve e que aguardam o pagamento de seus salários na segunda-feira. Caso não ocorra a liberação do montante aos servidores uma nova assembleia será realizada na terça-feira para seguir com os encaminhamentos. “O prefeito Moacir Rabello (PP) afirma que não tem dinheiro e não há receitas. Até carne e frango está faltando nos Centros de Educação Infantil (Ceis) por falta de pagamento aos fornecedores”, destaca.

A equipe do Notisul entrou em contato com o prefeito Moacir Rabello e a secretária de educação Marcia Roberg, mas ambos não atenderam e nem retornaram às ligações.

Sem previsão de concurso público
A presidente Sintermut explica que em Tubarão a situação não é muito diferente. Atualmente o efetivo reivindica a realização de concurso público, porém o prefeito Olavio Falchetti (PT) não tem se manifestado sobre o assunto. Aproximadamente 52% dos professores na rede municipal são Admitidos em Caráter Temporário (ACT). “A educação pede socorro, escolas sucateadas, falta de estrutura e professores e alunos tratados de forma distorcida”, lamenta Laura. O prefeito de Tubarão, Olavio Falchetti, não atendeu a equipe do Notisul.

Compra de votos
A promotora do Ministério Público de Braço do Norte, Marcela Hülse Oliveira, continua a ouvir os envolvidos no caso de compra de votos na eleição para diretor da Escola de Educação Básica Dom Joaquim. Ontem, seis pessoas foram ouvidas, um professor e cinco alunos. As oitivas continuarão hoje a na segunda-feira. É provável que mais quatro pessoas prestem declarações.